Montei toda a estrutura do projeto para dar vida à K'Corp. A ideia saiu do papel com uma rapidez surpreendente, como se algo maior me impulsionasse a torná-la real. Agora, com tudo pronto no papel, eu precisava de um espaço físico. Encontrei o lugar ideal: uma loja com sobreloja e subsolo, discretamente posicionada, com entradas independentes e o tipo de privacidade que um grupo como o nosso precisa. Assinei os contratos, acertei os detalhes do mobiliário, dos pontos de energia e segurança. Passei duas semanas inteiras mergulhada nisso, e o mais curioso é que eu me diverti. Quem diria que burocracia e planejamento me dariam essa sensação de realização?
Mas o que mais ocupou minha mente nessas semanas… foi Alessandro.
Ele não precisa me tocar. O olhar dele já é suficiente para bagunçar algo dentro de mim. A forma como me observa, como fala meu nome, como abaixa o tom de voz quando está perto demais. Às vezes parece que ele enxerga mais do que deveria. Que me conhece além da superfície.