Daniel estava no seu escritório, tal como Susan tinha previsto, recostado na sua cadeira com os olhos fechados, a preparar-se para outra noite de auto castigo. O que quase aconteceu com Beverly o torturava; as emoções o tinham traído a pensar nela, a tentar recordar as sensações que Deanna lhe provocava. E agora ele tinha outro desastre nas suas mãos: tentar reparar o seu erro.
Ele sabia que ela sempre esteve à espera de que ele lhe desse algum tipo de sinal ou que cedesse às suas intenções, mas nunca a viu dessa maneira. Sem importar o quanto ela se mostrava na sua presença ou se mantinha um perfil baixo, ele nunca sentiu atração por Beverly. Se não tivesse reagido a tempo, agora estaria a arrepender-se.
Alguém tocou à sua porta, mas ele nem sequer respondeu. Ouviu a porta abrir-se e abriu os olhos, pronto para expulsar quem fosse, e então ele a viu. Deanna. Ele endireitou-se na sua cadeira, a conter a respiração, para que não fosse mais uma ilusão.
«Posso entrar?»
Não era uma ilusão