Isabella
O nó na minha garganta me sufoca. Sinto uma lágrima escorregar pelo meu rosto. Abaixo a cabeça rapidamente para que ele não me veja chorar.
Ele disse que machucaria a minha família. Que tipo de monstro ele é?
Não tinha dúvidas sobre ele ser uma pessoa perigosa. Mas agora sei que ele não é só perigoso, ele é cruel.
Olho sua mão circulando o meu pulso, e sentindo minha pele sendo queimada ao seu toque. Tamanho o pavor que sinto nesse momento.
— Você ouviu o que eu disse? — pergunta.
Não consigo formular uma frase.
— Não me faça perguntar de novo — rosna.
— S...sim, eu ouvi — balbucio, sem encara-lo.
Ele solta o meu braço e se afasta sem dizer mais nada.
Sou tomada por uma sensação de alívio. Seguro o meu pulso, vejo que não ficou nenhuma marca.
— Eu sinto muito por isso querida — Ouço a mulher dizer, e olho em sua direção, tendo o vislumbre de Timothy de costas chegando ao topo da escada.
Me esforço para não desabar em lágrimas. Ensaio um sorriso falso antes de dizer para ela