Thalia.Uma semana depois...Virei-me na cama e fitei o teto. Não sabia que hora era, mas sabia ser tarde. Deveria sair da cama, mas meu corpo só queria permanecer deitado. Já havia me mudado para meu novo apartamento, mas ainda não havia assumido meu novo cargo. Pretendia fazer isso logo, mas tinha voltado a me sentir mal.— Pensei que a encontraria dormindo. — Marcelo falou, sua voz era suave.Ele entrou no quarto e se sentou na beirada da cama.— Acordei faz poucos minutos. — Sorri e me sentei, com as costas na cabeceira.— Trouxe bolo de chocolate.— Andou lendo meus pensamentos? Queria mesmo um doce.— Talvez eu seja telepata. — Rimos.— Se sente bem? Não quero que minta para mim. Vi que acordou de madrugada e vomitou algumas vezes.— Sim, mas já estou melhor. Os remédios já fizeram efeito. — Tentei passar segurança, embora ainda me sentisse um pouco mal.— Isso é bom.Ele soltou um suspiro.— Vem, vamos fazer um lanche. — Estendeu-me a mão e me ajudou a levantar.Minha relação c
Thalia Nossos olhos estavam conectados e deixei transparecer o quanto sentia por ele. Deixei a sinceridade brilhar em meus olhos e falei:— Também seria impossível não me apaixonar por você, Marcelo. É um homem lindo e não digo só por fora. É gentil, amigo, cuidadoso, carinhoso. Um fofo. — Sua risada aumentou.— Não é loucura termos nos apaixonado tão rapidamente, é? Sentir essa necessidade de estar junto, de tocar, beijar, abraçar? Até um dependente químico leva mais tempo para se viciar em sua droga e sofrer ao ficar sem a usar, mas isso já acontecia comigo na primeira semana em que ficamos juntos. Sou viciado em você, Thalia, e não posso ficar sem tê-la. — Não é loucura. Quando se nasce para estar junto, tudo conspira a favor. Talvez nosso encontro já estivesse escrito nas estrelas.Soltei uma risada ao concluir minha fala. Isso pareceu mais bonito na minha mente.— Que frase mais brega. Porém, tão linda e romântica. Linda e romântica como você, meu amuleto da sorte. — Seu sorr
Marcelo.O sol já havia se posto no horizonte, dando lugar à lua que compunha um céu estrelado e negro, quando passei pelos portões da casa dos meus pais e estacionei o carro ao lado dos outros veículos já estacionados. A casa estava movimentada. Podia jurar que minha mãe convidou metade da cidade para sua festa ‘simples’ de aniversário.Nelicia Toledo Vilard, agora uma socialite em pleno direito, sempre apreciava a companhia de uma multidão. Ela se tornou uma figura frequente em revistas sociais, posando ao lado de celebridades e exibindo sua elegância e o luxo de sua casa.Minha mãe era uma mulher de destaque. Formada em direito, trabalhou alguns anos como advogada, ascendendo ao posto de promotora, anos depois, após passar em um concurso público específico para ocupar tal cargo. Sua carreira culminou na condenação de um dos [1]criminosos mais procurados do país. E, grávida da minha irmã caçula na época, decidiu se aposentar, focando na família.Meu pai, Mario Vilard, era um empresá
Marcelo.— Marcelo! — Natali exclamou, abraçando-me com força.Isso me encheu de amor e ternura. Nós a amávamos demais.— Oi, minha bruxinha! — Eu ri, apertando-a de volta.Sorrimos. Seus olhos brilhavam de felicidade, e o aroma doce de melancia do seu perfume infantil preenchia o ar.Natali era a luz de nossas vidas e agora, tendo-a em minha frente, em meus braços, dei-me conta do quanto eu sentia sua falta. Por mais que não morasse mais com os meus pais, eu vinha aqui quase todos os dias, almoçava, tomava café e jantava todos os finais de semana, então nós estávamos sempre juntos, coisa que não aconteceu nas últimas semanas. Eu mergulhei em Thalia de cabeça e esqueci do resto.A coloquei no chão. Minha mãe havia ido até meu pai, que estava mais afastado, conversando com uns amigos.— Estava com saudade. Você está linda, meu amor.— Você também está bonito. Está diferente. — Colocou a mão no queixo e estreitou os olhos, me analisando. Sua postura parecia de um detetive em busca de alg
Marcelo.— Não... Não estou namorando, mãe. Minha mudança deve ser devido ao excesso de trabalho.Minha tia estreitou os olhos, mas não falou mais a respeito.— Deve ser isso mesmo. Talvez seja minha vontade de ver meus meninos casados e nossa casa cheia de crianças. — Ela dizia que éramos, eu e meu irmão, seus filhos de outra mãe. — Já desisti de casar, minha filha.— Mãe! — Catarina reclamou, mas sua mãe só resmungou que ela não queria casar e lhe dar netos, mas viver de farra e pegação.Ri, porque era verdade. Catarina só havia amado um homem em sua vida e desistiu do amor após o perder em um acidente de carro. Era seu namorado de juventude, o conhecia desde que nascera, mas só começaram a ter algo quando fiz quinze anos e foram estudar juntos. Eles namoraram por dois anos.Rafael de Barros Alencar era filho do melhor amigo do meu pai e cresceu conosco. Morávamos no mesmo condomínio e vivemos juntos até o dia de sua morte, que aconteceu seis meses após terminar o segundo grau. Catar
Marcelo.Todos estavam rindo e compartilhando momentos felizes, mas eu me mantinha distante. Desde que conversara com Thalia, uma sensação estranha se alojou em meu peito, persistente e intensa. Era uma mistura de saudade e preocupação, uma necessidade quase palpável de estar com ela.Ouvi um chorinho e meus olhos se voltaram para Mariah, que acalentava Ravi, tocando seu rostinho com ternura. Um suspiro escapou dos meus lábios e fechei os olhos, permitindo que imagens de Thalia invadissem minha mente. Ela sorriu ao segurar seu bebê, eu ao seu lado, compartilhando daquele momento tão especial.Tomado por uma determinação que não conseguia entender completamente, aproximei-me da minha família e me despedi deles. Precisava ir atrás da mulher que preenchia meus pensamentos e havia se tornado parte essencial do meu ser.Saindo da casa dos meus pais, cumprimentei mais algumas pessoas e segui até meu carro. Destravei as portas e entrei, dei partida e segui para o apartamento da mulher que an
Marcelo.Apertei sua mão em resposta, ela se concentrou em nossos dedos entrelaçados.— É bom estar com minha família, não vou negar, mas estar em um lugar sem você já não faz mais sentido para mim. — Nossos olhos se encontraram, e, erguendo a mão, toquei seu rosto. — Não me sinto completo. Preciso de você como do ar para respirar.Meus dedos suavemente acariciaram sua pele macia enquanto ela fechava os olhos por um breve momento, aproveitando o toque. Deixei meus dedos deslizarem lentamente, traçando o contorno de seus lábios delicados. Nossa respiração estava suspensa, como se o tempo tivesse parado, permitindo-nos sentir a intensidade do momento.Ela abriu os olhos novamente, encontrando os meus, cheios de emoção. Um sorriso tímido e doce se formou em seus lábios, e eu senti meu coração se acelerar ainda mais.— Eu te quero tanto, Thalia — sussurrei, meu tom carregado de sinceridade.Queria que ela visse que eu a queria. A queria de todas as formas.Queria tudo dela e com ela.Thal
Marcelo.Fixei os olhos em sua figura. Seus olhos estavam cheios de luxúria e desejo, refletindo a intensidade do que sentíamos um pelo outro. Os cabelos revoltos sobre o travesseiro, os lábios inchados e vermelhos devido aos nossos beijos famintos, e a pele macia marcada por minhas mãos e boca. Ela era uma visão tentadora, minha perdição e redenção ao mesmo tempo.— Sim, eu farei, mas antes vou me esfregar em você e gozar, ou não durarei dois minutos depois que a invadir.— Ahhh... — Thalia jogou a cabeça para trás e arqueou as costas quando me livrei da cueca e comecei a foder seu clitóris. Ele estava inchado, rosado e duro sob meus toques ávidos. Seus fluidos eram abundantes, escorrendo em minha mão e revestindo meu pau. O orgulho e a satisfação por ser eu o homem que a levava a esse estado me consumiram.Esfreguei-me nela com sofreguidão, pressionando meu membro contra sua carne quente e escorregadia. O atrito delicioso me levou à beira do precipício, e quando finalmente atingi o