Lia Perroni
Eu tranco a porta do quarto de Esmel e me apoio nela, tentando recuperar o fôlego. Meu coração ainda está batendo forte e meu pescoço dói onde Marcelo me enforcou.
Esmel, que estava dormindo, acorda com o barulho e me olha com preocupação.
— Mamãe, o que aconteceu? — ela pergunta, sentando-se na cama.
Eu me aproximo dela e a abraço forte.
— Tudo está bem, querida — eu digo, tentando soar calma. — Eu apenas tive uma discussão com o papai.
Esmel me olha com desconfiança, mas não pergunta mais nada. Ela se deita novamente e me abraça.
Eu fico sentada ao lado dela, segurando-a forte e tentando me acalmar. Eu sei que preciso encontrar uma maneira de me proteger e a Esmel de Marcelo, mas por agora, estou segura no quarto de Esmel.
Enquanto estou sentada lá, eu começo a pensar em um plano. Eu preciso encontrar uma maneira de me libertar de Marcelo de uma vez por todas. Eu preciso encontrar uma maneira de me proteger e a Esmel.
E então, eu lembro de algo. Eu lembro de um advogado