Lia
Finalmente recebi alta do hospital e voltei para casa, trazendo comigo a pequena Eva, um pacotinho de ternura que ainda precisava de muitos cuidados. Meu coração, porém, permanecia apertado pela angústia. As semanas passavam sem notícias de Kairós, e a terrível possibilidade de Marcelo ter feito algo com ele me assombrava a cada instante.
— Mamãe, quando eu vou poder pegar a Eva no colo? — Esmel perguntou, seus olhinhos curiosos fixos na irmãzinha adormecida no berço.
Sorri com ternura, alisando seus cabelos.
— Em breve, meu amor. Ela ainda é muito pequena e precisa ficar mais forte. Seja paciente, tá bom? — pedi, tentando transmitir calma apesar da minha própria apreensão.
Ela assentiu com a cabecinha, compreensiva.
— Está pronta para ir para a escola? — perguntei, pegando minha bolsa e verificando se tudo estava em ordem.
— Tô sim, bora! — Esmel respondeu animadamente, já pegando sua mochila e a pequena bolsa com as coisas de Eva.
Descemos juntas para o térreo, encontrando
Aman