Jhulietta Duarte
Olhei para o relógio e suspirei. O ponteiro das horas já passava das cinco e olhei para Nicolas. Ele precisava voltar para casa, e eu precisava descansar para o trabalho no dia seguinte.
— Nicolas, já está tarde — comecei, sentando-me no sofá e o encarando. — Você precisa voltar para casa.
Ele franziu a testa e cruzou os braços, em uma postura teimosa que me fez sorrir.
— Só volto se você for comigo.
Revirei os olhos, já imaginando que ele não facilitaria as coisas.
— Eu volto amanhã bem cedo, prometo.
Ele arqueou uma sobrancelha.
— Bem cedo?
— Sim — garanti.
— Tipo, quatro da manhã?
— Ah, Nicolas, não exagera! — reclamei, me levantando do sofá.
Ele me observou em silêncio, e eu sabia exatamente o que ele estava pensando. Ele não queria me deixar sozinha, e eu também não podia negar que estava com um pouco de medo daqueles caras estranhos voltarem.
— Tá bom, eu vou com você — cedi, pegando algumas roupas e jogando na mochila.
O sorriso vitorio