Nicolas Santorini
O filme terminou e Jhulietta suspirou satisfeita, ainda aconchegada ao meu lado no sofá. Eu, por outro lado, estava mais atento a ela do que ao que passava na tela. Seu corpo estava relaxado, a cabeça levemente encostada em meu ombro. O cheiro do seu shampoo adocicado se misturava ao aroma do vinho que ainda estava em nossas taças. Eu poderia ficar assim por horas, mas ela se mexeu e me encarou com um sorriso travesso.
— Agora vem a melhor parte — ela anunciou, se levantando do sofá.
Arqueei uma sobrancelha, curioso.
— E qual seria essa parte?
— Você vai me ajudar a lavar a louça.
Revirei os olhos, fingindo um suspiro pesado.
— Deveria saber que isso era uma armadilha.
Ela riu, me puxando pela mão. Me deixei ser guiado até a pequena cozinha dela, observando o espaço enquanto ela começava a empilhar os pratos na pia. A cozinha era simples, compacta, mas bem organizada. O balcão estava um pouco gasto, o fogão não era dos mais modernos, e os armários dem