Acordei com um leve puxão no meu braço, seguido de uma voz sussurrada, mas cheia de animação.
— Tia... Tia… Jujubinha, acorda! Vamos abrir os presentes!
Eu pisquei algumas vezes, tentando ajustar meus olhos à pouca luz que vinha do abajur ao lado da cama. O pequeno rosto de Ethan estava a poucos centímetros do meu, com seus olhos brilhando de empolgação, mesmo naquele horário absurdo.
— Ethan, que horas são? — murmurei, a voz ainda rouca de sono.
Ele olhou para o relógio digital na mesinha ao lado, franzindo a testa como se fosse difícil acreditar no que via.
— Quatro horas! Está cedo, mas... vamos, por favor! — Ele juntou as mãos em um gesto de súplica, com a expressão mais convincente que uma criança poderia fazer, digna do Gato de Botas.
Revirei os olhos, tentando resistir àquela expressão irresistível.
— Ethan, ainda é muito cedo. Não acha melhor dormir mais um pouco e abrir os presentes quando o sol nascer?
Ele balançou a cabeça vigorosamente.
— Não! Eu esperei a noite toda, tia!