《Matteo》
Assim que desperto, a primeira coisa que percebo é o vazio ao meu lado na cama. O lençol ainda guarda o calor do corpo de Phani, mas ela não está lá. Imagino que tenha ido treinar cedo — um hábito que ela cultiva religiosamente —, então me levanto, tomo um banho demorado e faço minha higiene matinal, decidido a ir me juntar a ela.
A luz da manhã invade o corredor enquanto caminho até a academia. Mas, ao entrar, o espaço está silencioso. Nenhum sinal dela. A estranheza começa a se instalar. Percorro a casa, chamando seu nome, mas só recebo o silêncio como resposta.
Ao chegar à cozinha, encontro Norma, sempre pontual, arrumando a mesa para o café.
— Bom dia, senhor, tudo bem? — pergunta ela, com aquele tom respeitoso que insiste em manter, enquanto organiza pratos e xícaras com delicadeza.
— Bom dia, Norma. Tudo sim. Mas já estou cansado de dizer para me chamar pelo primeiro nome. Você é da família.
Ela sorri, o olhar gentil.
— É o costume.
— Está procurando nossa menina? — con