《Selma》
— A senhora é Selma Reinald? — pergunta um deles.
— Sim, sou eu mesma. — deixo a voz tremer levemente, encenando preocupação. — Do que se trata?
Por dentro, sinto um arrepio de satisfação. Vão me dar a notícia… a doce notícia. Pobre Sthephania… tão jovem, tão frágil. Tão fácil.
Pelo menos, era nisso que eu acreditava.
— A senhora está presa pelos crimes de tentativa de homicídio qualificado, formação de quadrilha e associação criminosa. Há provas e depoimentos que a incriminam — declara o policial, enquanto as algemas se fecham com um clique seco em meus pulsos.
— Você tem o direito de permanecer em silêncio. Tudo o que disser poderá e será usado contra você no tribunal. Você tem o direito de falar com um advogado e de tê-lo presente durante o interrogatório. Se não puder pagar por um, um advogado será designado para representá-la. — a voz é automática, profissional.
A frase ecoa como um estilhaço. O chão parece ceder sob meus pés. Não… não pode ser. Será que Jac