Eu estava perdida em meio à tensão crescente. Grady estava diante de mim, sua expressão sombria e os olhos faiscando com uma raiva que me fazia estremecer. Sua pergunta ressoou no ar como uma lâmina afiada.
— Pode me explicar o motivo disto? — ele perguntou, a voz dura como aço.
— Eu... eu queria agradecer — murmurei, quase sem força, enquanto sentia a garganta apertar.
— Por quê? Sentiu-se na obrigação? — Ele não tentou esconder a amargura em suas palavras.
Respirei fundo, tentando me manter firme, mesmo que minhas mãos tremessem.
— Porque significou muito para mim saber o que você fez.
Ele riu, mas foi um riso frio, cortante.
— Sem essa, Holly. Nada que eu faça significa alguma coisa para você.
O silêncio que se seguiu foi insuportável. Eu mal conseguia respirar, lutando contra as lágrimas que insistiam em cair. Não queria demonstrar tanta fraqueza, mas não consegui evitar.
— Você vai vender a oficina? — perguntei com a voz baixa, quase inaudível.
Ele me encarou, os olhos estreitos,