Cyrus
Corro entre raízes quebradas e flocos de neve tingidos pelos raios da aurora escarlate da batalha, o coração martelando contra as costelas como um tambor de guerra.
Cada respiração rasga meu peito em chamas frias, mas não posso parar. O nome dela explode em minha mente e em meus lábios, mais urgente do que qualquer coisa que eu já senti.
— Ravena!
Ela estremece antes de desabar, o corpo fraco cede em câmera lenta, sob o peso do enorme poder que consumiu logo após o parto. Sinto o tempo distorcer-se e inclinar-se ao meu redor quando me ajoelho, o ar cortante rasgando meu rosto, enquanto enlaço seu corpo gelado e ainda tenso pela vida que brotou dela.
Seu peito sobe e desce, mas de forma trôpega, como se cada batida fosse uma vitória conquistada com esforço supremo. Deixo nossos filhotes aninhados contra sua carne ferida e lembro do veneno que a necromante deixou em seu sangue. Todo o prodígio do nascimento, toda a luz de Laha que ela invocou, parece ter esgotado cada gota de e