Celeste
O ar noturno parece palpitar de maldade antes mesmo de eu avançar. Estou ladeada pelas Fúrias da Meia-Noite e pelos Oráculos dos Clãs, junto a Cadmus, e nossos capuzes negros balançam ao vento gélido.
Um sorriso maldoso rasga meu rosto.
Hoje acaba tudo.
Hoje vou reaver Marcel, para perto de mim, e Ravena, se tiver um fiapo de sorte, será extinta para sempre. A necromante cumpriu bem o seu papel, agitou as correntes que selavam meu caminho, mas agora é apenas uma ferramenta descartável.
Se encontra-la e destruir seu corpo, não haverá mais Ravena. O destino conspirou a meu favor, e sinto o poder pulsar em minhas veias.
Marchamos em direção aos portões do castelo sob um manto de trevas encantadas. As Fúrias uivam cânticos sombrios, e cada palavra age como lâmina: magia antiga, juramentos de sangue, promessas de vingança. Os Oráculos dos Clãs recitam encantamentos de destruição, suas vozes ecoam em coro profundo, convocando tempestades ocultas e invocando bestas invencíveis.
Ca