Entro nos aposentos reais e já sinto o ar vibrar da minha energia convergindo com a do rei vampiro. A lareira crepita em brumas esverdeadas, como se capturasse reflexos do poder que cultivo.
O espelho de obsidiana, encimado por runas pulsantes, irradia uma sensação estranha de urgência. Sei que preciso agir rápido, vozes sussurram em meus ouvidos, ecos dos mortos que alimentam minha vigilância.
Mas, sobretudo, sinto a inquietação em meu corpo recém-forjado, como se uma mudança iminente viesse rasgar as barreiras que criei. É o momento exato de agir, e de convocar Celeste.
Num gesto decidido, caminho até o espelho polido. As chamas verdes surgem na superfície como labaredas vivas, distorcendo a imagem do salão. A face refletida se multiplica em centelhas de luz e sombra. Sussurro o encantamento que convoca minha contratante.
— Celeste, apareça. Já é tempo de sair de seu esconderijo e lançar-se contra Northshore.
A figura de Celeste materializa-se no espelho. Seus olhos brilham de det