O silêncio que pairava no salão após minha pergunta era espesso como neblina de sangue.
— Estão conosco... ou contra nós?
Minha voz havia cortado o ar como um comando direto, as vezes a mudança em mim mesma até me assustava, de tão discrepante de minha antiga eu. Algo que nascia de mim e de Laha ao mesmo tempo, não era mais apenas Ravena falando, era a alfa, e a rainha ao mesmo tempo.
Todos permaneciam imóveis. Até que o lorde mais velho entre eles, Oberyn, se adiantou. Seu manto escuro arrastava pelo chão, e suas mãos, finas e translúcidas como papel velho, tremiam discretamente.
— Majestade... — disse ele com uma voz rouca, mas menos desrespeitosa — ...palavras são poderosas. Mas não tanto quanto a verdade que se pode tocar. Vossas majestades permitem que toquemos as vidas que cresce no ventre da rainha?
Houve um burburinho imediato. O pedido era ousado e realmente desconfiado, ferindo o meu orgulho. Mas compreensível, aquele momento exigia não só fé... mas evidência.
Ergui os olhos