Ravena
Quando Cyrus se juntou a mim, e me abraçou suavemente, abrigando meu corpo contra o dele, suas mãos se estenderam, pousando em meu ventre onde nossos filhos se moviam, quente e pulsante. Ele beijou minha boca devagar, como alguém que reencontra a sua salvação. Meus lábios se perderam nos dele com o todo o amor que latejava em meu peito.
O gosto dele me fazia se desprender da realidade.
Cyrus se afastou de mim, ele parecia temer aprofundar o contato, em conflito consigo mesmo. Seus olhos estavam cheios de tormento.
— Cyrus... — chamei. — Sei que está se sentindo culpado pelo que aconteceu, mas você precisa saber de uma coisa, antes de decidir se foi ou não um monstro.
— Independentemente do que você me disser, fui eu quem te submeti aquele ato selvagem e violento. – ele respondeu, soltando a respiração pesadamente. – Nem mesmo Aero me deteve, e agora se nega a falar comigo. E com razão.
— Desde que você cruzou os portões, o ar mudou. Os ventos sussurram para mim, nossos filhos