Capítulo 118 Necromantes

Ravena

Quando Cyrus se juntou a mim, e me abraçou suavemente, abrigando meu corpo contra o dele, suas mãos se estenderam, pousando em meu ventre onde nossos filhos se moviam, quente e pulsante. Ele beijou minha boca devagar, como alguém que reencontra a sua salvação. Meus lábios se perderam nos dele com o todo o amor que latejava em meu peito.

O gosto dele me fazia se desprender da realidade.

Cyrus se afastou de mim, ele parecia temer aprofundar o contato, em conflito consigo mesmo. Seus olhos estavam cheios de tormento.

— Cyrus... — chamei. — Sei que está se sentindo culpado pelo que aconteceu, mas você precisa saber de uma coisa, antes de decidir se foi ou não um monstro.

— Independentemente do que você me disser, fui eu quem te submeti aquele ato selvagem e violento. – ele respondeu, soltando a respiração pesadamente. – Nem mesmo Aero me deteve, e agora se nega a falar comigo. E com razão.

— Desde que você cruzou os portões, o ar mudou. Os ventos sussurram para mim, nossos filhos
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