Charles Finningan
Fugindo completamente do meu modo de viver, passo a semana como um adolescente, contendo meus pensamentos e ereções, fantasiando aquela boca gostosa deslizando em meu corpo. Entretanto, o tempo passa e nem sinal da bela morena de olhos verdes.
Dada as circunstâncias, decido que isso tudo tem que acabar, uma semana focado em uma mulher que nem sei o nome, não faz sentido algum.
Já no MetLife, vou para o vestiário onde o treinador passa algumas informações, visto todas as proteções, uniforme e finalmente estou pronto. No caminho para o campo, encontro uma garota de boa aparência, loira, com seios fartos que provavelmente boa parte dos jogadores já teve o prazer de ter e ela me entrega um bilhete.
“Quero você.
Vou te visitar depois do jogo, espere-me no vestiário.
Beijos, Betty.”
Dou uma piscadela para Betty demonstrando que vou esperar, livro-me do bilhete e já sei como ela vai me satisfazer. Seguimos juntamente com a equipe para o campo, onde somos ovacionados pela torcida. Após o hino, o jogo começa, suado, difícil, mas nada impossível quando se tem um Charles e um Brooke em campo e fazemos nossos touchdowns que garantem nossa vitória.
— Cara, a porrada foi certeira hein? – O jogo termina após três horas, sinto-me exausto e vou em direção ao meu amigo para saber como ele está.
— Foi sim, mas valeu a pena irmão, estou pensando seriamente em solicitar ou pedir serviços particulares da fisioterapeuta que me atendeu, a mulher tem mãos suaves e firmes, já imaginei como ela deve ser por baixo daquela roupa ridícula e brôzão já está louco. – Seguimos para sala de imprensa para uma rápida entrevista, em seguida tenho uma reunião com Castro, para só depois ir até o vestiário. Demoro o suficiente no banho para dar tempo de a loirinha chegar.
Como eu esperava, oferecida demais, não coloca nenhuma dificuldade sequer e nem pergunta se tenho um preservativo. Típica "Maria chuteira".
— Vem aqui e fique de joelhos. – Ordeno, ela ajoelha pega no meu pau, acaricia, fecho os olhos lembrando da garota da boate, até que sinto os seus lábios.
Não sinto o que esperava, ela não é boa o suficiente, buscando uma melhora da sua performance seguro seus cabelos enrolando na minha mão, começo a ditar o ritmo e ainda não é o que espero.
Procuro não olhar no seu rosto para não perder o ânimo, continuo a pensar na linda mulher da boate, aumento mais ainda a velocidade até sentir t***s nas minhas coxas. Olho para baixo e vejo Betty visivelmente sufocada e de imediato tiro meu pau de sua boca.
— Está tudo bem, Betty? – Ela me olha tentando respirar melhor.
— Finningan, você. – Pausa um pouco e respira fundo. — Minha boca não aguenta muito tempo, podemos de outra forma? – A frustração é inevitável.
— Não, Betty. – Envergonhada ela levanta e vai embora sem olhar para trás.
Gargalho com a situação, na verdade não tenho muito o que fazer, entretanto, ao mesmo tempo fico preocupado, não é possível que fui estragado por um beijo e que a garota da boate não vai sair da minha cabeça.
Tento esquecer o ocorrido, termino meu banho para relaxar meu corpo, quando desligo o chuveiro percebo que tem alguém na área dos fisioterapeutas e ouço um choro de mulher bastante sentido.
Com a toalha enrolada na cintura, silenciosamente vou ver o que se passa, quando chego ao local vejo uma mulher muito bem formada, pernas torneadas que dá para perceber pela sua calça colada, cabelos com cachos negros caindo pelo seu ombro, inclinada e com as mãos cobrindo o rosto.
Paro na sua frente e aos poucos sou notado.
Só então ela me olha e para minha melhor surpresa, encontro a mulher que eu tanto procuro. Reconheceria seus olhos em qualquer lugar.
Meu corpo fica estático, sinto cada pelo ficando arrepiado, controlo minha empolgação por causa do encontro inesperado e ansiado, paraliso olhando a sua beleza que não fica encoberta por suas lágrimas. Finalmente ela se pronuncia contando-me o motivo do choro, fico revoltado, em seguida Angelina nega minha ajuda me deixando ainda mais motivado para ir atrás e depois se retira.
A porra do destino só pode estar brincando comigo, mas agora ela não me escapa, Glenda terá que me ajudar, então me arrumo e sigo para sua sala.
...
— Boa noite, por que demitiu Angelina? – Minha amiga me olha assustada.
— Você conhece essa menina Finningan? – Quero conhecer bastante e do jeito que não preciso pronunciar.
— Não conheço, porém, acabo de encontrá-la chorando. – E ainda não me conformo com a sua demissão.
— Olha Charles, ela tem um filho, não contratamos fisioterapeutas com filhos pelos motivos das viagens que fazemos, o que é uma pena, ela é a melhor, notas melhores aqui e em Princeton, mas enfim, não tenho o que fazer.
Recebo aquela informação como se fossem vários golpes dados em uma luta de UFC. Sinceramente sinto que ela tenha perdido o emprego, em seguida, nunca desejaria uma mulher com filho, com uma criança me chamando de tio ou papai.
Mas isso pode ser bom, ela tão nova e com filho, deve ter começado cedo, deve ser experiente no sexo, vai me proporcionar bons momentos, fora que ela precisa de um emprego e eu posso dar.
— Quero o endereço dela. – Glenda me olha curiosa.
— Não podemos liberar o endereço. – Eu já esperava a sua resposta.
— Mas vai, tenho que a ajudar, oferecer algum emprego na minha empresa, se ela tem filho, provavelmente precisa se sustentar. – Finalmente Glenda acredita e me passa a informação.
...
Ao chegar estaciono na frente do prédio, que por sinal parece novo, vou para portaria me identificar e o porteiro assim que me vê, me reconhece.
— Boa noite, Sr. Finningan, bela partida hoje, em que posso ajudar? Sou seu fã. – Ser meu fã facilitará tudo, fico satisfeito.
— Obrigado, estou aqui para fazer uma surpresa. – Ganho toda a sua atenção. — A minha namorada, ela mora no apartamento 404, espero que o senhor me libere. – Ainda que parecendo um tanto quanto duvidoso, me indica aonde ficam os elevadores.
Ao chegar no andar, encontro ao lado esquerdo o apartamento 404, bato na porta com a ansiedade transbordando, segundos depois ela finalmente abre e depois de um tempo sem ação pelo qual compartilho da mesma reação ao ver seus seios através da transparência em sua camisola branca molhada, ela permite minha entrada.
...
— Angelina, me perdoe aparecer assim. – Justifico assim que ela volta do seu quarto e se senta ao meu lado. — Mas fui até Glenda para tentar entender a sua demissão, eu achei injusto e... – Ela de forma desesperada, me interrompe e toca em minha mão me deixando mais afetado.
— Não ia atrapalhar em nada e era meu sonho. – Justifica o fato de ter um filho, seus olhos mais uma vez ficam marejados e eu resolvo fazer uma oferta irrecusável que o clube me dá o direito.
— Eu sei que não ia e nem vai atrapalhar, acredito em você. – Abre um sorriso um pouco tímido, mas ainda assim lindo. — Me diz, quer trabalhar para mim? – Seus olhos quase que dobram de tamanho e eu decido continuar a falar para que ela entenda melhor. — Como fisioterapeuta particular, apenas minha, terá que me acompanhar nos jogos, em casa, nos treinos, nas viagens e o salário é o dobro do NYJ, você aceita? – Coloca a mão na boca parecendo incrédula, mas ainda assim, percebo que está feliz.
— Sr. Finningan, está falando sério? – Você não imagina o quanto.
— Muito sério Angelina, você é a melhor, confio todo meu corpo ao seu cuidado. – Sua respiração acelera um pouco, eu sei que ela pensou no duplo sentido, eu pelo menos espero que sim. — E me chame apenas de Charles, é o suficiente. – Ela confirma com gestos.
— É irrecusável, Charles. – Ah! Meu nome em seus lábios. — Esse emprego é o meu sonho, de verdade. – Eu sempre terei motivos para te agradecer por esta oportunidade.
Quando sinto que vou ganhar um abraço de uma jovem empolgada alguém b**e na porta, ela me pede licença meio sem jeito e me explica que pode ser os pais já que o porteiro não avisou e vai abrir.
— Lina, vim comemorar com você seu primeiro dia de trabalho. – Porra, é o desgraçado possessivo, conheço pela voz.
— Jordan, o que faz aqui? Não quero ficar a sós com você, somos amigos apenas. – Ótimo minha fisioterapeuta, isso é música para os meus ouvidos.
Então levanto-me para marcar presença, me aproximo da porta e logo sou notado pelo cara que atrapalhou meu provável segundo contato com a moça.
— Angelina, o que o cara da boate faz aqui? Vocês estão se pegando novamente? – O infeliz também lembrou, porra!
— O quê? – Ela me olha um tanto quanto assustada, sua respiração muda, percebo através do tecido seus mamilos durinhos e constato, ela se lembra do nosso encontro do mesmo jeito que me lembro.
Só não me agrada o cara ver ela vestida de forma tão... sensual.
— Quer que eu coloque ele para fora? – O desgraçado faz a proposta.
— Ele é meu chefe, Jordan. – Me olha rapidamente. — Por favor, deixe-nos a sós. – Lina fecha a porta sem dar a oportunidade do cara se pronunciar.
— Ia te contar. – Justifico e ela cora.
— Você está acostumado a sair beijando garotas na boate sem ao menos saber seu nome? Sua namorada, a garota que vi saindo do vestiário sabe? Por que quer me contratar? – Menina de rápidos pensamentos, tenho todas as respostas para você.
— Até antes de você tinha esta prática. – Dou de ombros. — Mas depois daquela noite, fiquei sem notícias sua, não sabia onde te encontrar e não, não tenho namorada. Aquela garota foi uma tentativa bem frustrada de esquecer o desejo reprimido que tenho desde que te beijei. – Rendida, essa é a palavra que define a morena e muito me agrada. — Além disso, quero te contratar porque você é a melhor de Princeton, a que injustamente foi demitida e você merece uma oportunidade. Não confiaria meu corpo para outra, espero que tenha sido claro, algo mais senhorita? – Ela me olha como que se estivesse absorvendo todas as minhas respostas.
— Charles, eu aceito, mas não sei como vai ser trabalhar com quem me beijou daquela forma. – Ela toca nos lábios. — Você será meu chefe, vamos ter que esquecer aquela noite. – Suspira, disfarçadamente pressiona uma perna na outra, com certeza tentando conter sua excitação.
Fico muito feliz e satisfeito com minha nova fisioterapeuta, mas esquecer a noite está fora de cogitação.
— Também não sei como será, porém vou querer descobrir e logo, não consigo esquecer seu sabor delicioso. – Angelina lubrifica os lábios e sua respiração fica afetada.
— Charles, é melhor esquecer, isso pode ser ruim para mim. – Sei que pode, mas ninguém morre por uma paixão.
— Você quer esquecer? Somos adultos, morena. – Aproximo-me mais para me perder em sua boquinha novamente, já estamos bem próximos, ela não mostra resistência, seguro em sua cintura para diminuir a distância, nossos lábios se aproximam, sinto seu hálito gostoso e para nosso azar mais uma vez batem na porta.
Ela se afasta assustada, abre a porta impaciente achando que é o infeliz, porém somos surpreendidos.
— Mamãe, mamãe, saudade! – Um garotinho cheio de energia me olha. — Charles Jetssssssssssssss, vem ver, vem ver, tenho o seu boneco, a mamãe me deu. – Enquanto sou quase arrastado por uma criança, uma senhora muito elegante, que provavelmente é a mãe de Angelina, me olha curiosa.
— Não vai me apresentar seu amigo, filha?