Em uma metrópole vibrante, Lana Duarte é uma executiva de sucesso, conhecida por sua determinação e habilidade para transformar desafios em oportunidades. No entanto, apesar de suas conquistas no mundo corporativo, sua vida pessoal é um labirinto de solidão e noites em claro. Quando ela decide fazer uma pausa em sua rotina frenética, sua vida toma um rumo inesperado ao conhecer Vicente Braga, um talentoso chefe de cozinha em ascensão, o qual tem um humor cativante e um olhar intenso. Vicente é apaixonado pela culinária e pelas pequenas alegrias da vida, mas seus sonhos parecem distantes devido às pressões do negócio de família. Quando Lana visita uma feira gastronômica, a qual Vicente está participando, uma conexão instantânea surge entre os dois. Enquanto seus mundos diferentes colidem, eles se veem desafiados a equilibrar suas ambições e os sentimentos que crescem entre eles, além da diferença de idade que se torna um problema para os olhares alheios. À medida que Lana começa a redescobrir o prazer nas pequenas coisas, Vicente a ajuda a entender que o sucesso não se mede apenas em números, mas em momentos que valem a pena. Juntos, eles navegam por obstáculos profissionais e pessoais, aprendendo que o amor pode ser o ingrediente secreto que transforma suas vidas. "Entre Sabores e Ambições" é uma história sobre como a paixão e a dedicação em busca dos sonhos podem criar laços inesperados, provando que, às vezes, as melhores receitas para a felicidade são aquelas que combinam opostos.
Leer másNo jantar, o casal vai para o restaurante do local, o qual são servidas todas as refeições oferecidas pelo espaço dos chalés. — Eu estou impressionado que você tenha conseguido me arrastar para fora do chalé. — Vicente diz com um tom malicioso. Lana contém o sorriso ao perceber que estão tendo as mesmas conversas de humor ácido e malicioso que tinham quando se conheceram. — Você está subestimando minhas habilidades de aproveitar um bom jantar em um restaurante chique como este. — Lana tem um olhar irônico. — Estamos aqui apenas porque estou esperando o tempo de você marinar. — Vicente diz em um tom baixo — Assim você chega na textura que desejo. Lana olha para Vicente com um misto de surpresa e diversão: — Então eu sou apenas um pedaço de carne para você, é isso? — Lana mantém o tom leve. — Sim, apenas um pedaço de carne. — Vicente sorri, seus olhos brilham com a malícia — Que a propósito, pretendo saborear lentamente. Lana ri, sentindo um arrepio na espinha: — Às vezes me es
..... SEIS MESES DEPOIS ..... No trabalho, estou com a atenção voltada na análise financeira. Ainda estou a colocar em dia minhas atividades. O retorno à carreira profissional foi diferente do que eu esperava, nada em relação aos colegas de trabalho e colaboradores, mas sobre mim: tudo mudou. Não se trata mais das ambições do meio corporativo para alavancar minha carreira, pois agora tudo envolve o Hugo — um ser tão pequeno que tem causado inúmeras mudanças. Escuto baterem na porta. — Entre! — exclamo. Logo, a porta é aberta e quem adentra é a Rosa, a recepcionista, trazendo consigo um buquê de rosas amarelas. — Começando o dia com um presente de seu admirador. — Rosa sorri. — São tão lindas! — afirmo ao pegar o buquê. — Acabaram de ser entregues na recepção. — Rosa avisa. — Obrigada por trazer, Rosa. — agradeço. — A senhora gostaria que eu trouxesse um vaso com água para as flores? — Se não for incomodar, Rosa. — Eu já venho. Fico sozinha na sala com o l
.... DUAS SEMANA DEPOIS ..... Acordo sentindo-me perdida, olha ao redor para ver que estou em meu quarto e o Hugo está dormindo tranquilamente em seu berço. Olho no visor do celular e vejo que são 14:40, sendo assim dormi cerca de trinta minutos. Levanto-me decidida a organizar a casa e almoçar — já que não consegui fazer a refeição no horário adequado. Coloco a babá eletrônica ao lado do berço e saio do quarto. Vicente já retornou ao trabalho, então fico o dia todo sozinha com o Hugo em casa. Na primeira semana tive minha mãe e Luna a minha disposição para auxiliar com o bebê, mas agora as visitas diminuíram e fico por conta própria. Sinto-me um pouco mais aliviada, pois enfim estou conseguindo amamentar o Hugo. Recebi a ajuda da Luna com estimulações e também com a posição correta para que o Hugo pegasse o peito. LEMBRANÇA ON — A posição é muito importante, segurando assim, o bebê consegue pegar o peito corretamente. — Luna diz enquanto ajusta a posição do Hugo em meus braço
..... ALGUNS DIAS DEPOIS ..... VICENTE Ao me lembrar do aniversário de Lana, fiquei a pensar em como fazer algo especial. Lana deixou bem claro para toda a família que não queria festas ou mesmo visitas, pois o Hugo acaba de completar uma semana de vida e a mesma está a se recuperar. Bato na porta do quarto, em seguida abro e tenho visão da Lana colocando o Hugo em seu berço. — O jantar está pronto. — aviso com um tom de voz baixo para não acordar o bebê. — Ok! Lana coloca a babá eletrônica ao lado do berço e vamos juntos para a sala de jantar onde a refeição está servida. Deixo a Lana entrar na sala primeiro e observo a sua reação de surpresa ao ver o jantar especial que preparei. — Oh, Vicente! — ela olha-me, desacreditada. — Surpresa! — sorrio. Lana abraça-me e eu retribuo, aproveitando a sua aproximação. — Eu pensei que tivesse se esquecido. — ela diz envergonhada. — Nunca me esqueceria de um dia tão importante quanto este. — afirmo. Acompanho Lana até a mesa e puxo
..... DOIS DIAS DEPOIS ..... — Bem vindo ao seu lar, Hugo. — digo ao adentrarmos minha casa. O bebê enrolado no cobertor, de 47cm e 3,458kg balbucia enquanto dorme. — Nada melhor do que estar em casa. — Vicente diz logo atrás de mim, enquanto carrega as malas. — Nem me fale. — falo em concordância — Não via a hora de chegar em casa e dormir em minha cama. — pausa — Se é que irei dormir. Vicente ri baixo e eu o acompanho. — Nossas noites nunca mais serão as mesmas. — Vicente comenta. Com apenas dois dias de vida, Hugo nos provou que tem pulmões fortes, pois quando começa a chorar não há quem não escute. O Vicente também provou ser um ótimo acompanhante de hospital, apesar de não ter experiência com bebês. — Eu tomei a liberdade de mudar o berço do Hugo para o seu quarto, para que você não precise andar muito quando ele acordar durante a noite. — Vicente diz-me — Pelo menos nos primeiros meses. Durante o dia, o Vicente trocava com a minha mãe para poder sair do hospital e res
..... MAIS TARDE ..... Após receber os cuidados devidos, sou transferida para o quarto. — Senhora Lana, traremos o seu bebê assim que ele estiver limpo. Enquanto isso, você pode aproveitar que está no quarto e descansar. — a enfermeira diz-me, parada ao lado da cama enquanto estou deitada. — Está bem. — Gostaria de tomar um banho? — ela pergunta-me. — Sim, eu adoraria. — respondo. Este é meu primeiro e único parto, sou suspeita em falar que o pós recuperação do parto normal é mais fácil, mas esta é a impressão que tenho. Não tenho dúvidas de que um banho iria me fazer sentir ainda melhor. Recebo ajuda da enfermeira para levantar da cama e no banho, consigo realizar a atividade sozinha, apesar da enfermeira estar apostos caso eu precise de ajuda. Ao retornar ao quarto, me aconchego na cama e em seguida, a porta é aberta pela enfermeira que traz o bebê acompanhada pelo Vicente, o qual vêm logo atrás. — Aqui está o seu bebê, mamãe. — a enfermeira diz entregando o bebê para mim.
O som dos monitores preenchem a sala de parto e logo serão ignorados devido aos meus gritos. Vejo Vicente entrar acompanhado das enfermeiras que irão auxiliar o doutor Tanaka no parto, acompanhado do médico pediatra do bebê. — Chegou a hora, amor. — Vicente diz quando está ao meu lado. — Eu estou com medo. — revelo. Na verdade, creio que o tremor em meu corpo denuncie o meu pavor, além de estar estampado em meu rosto. — Eu estou aqui, tá? — Vicente diz na tentativa de me acalmar — Você é a mulher mais forte que eu já conheci. — E se eu não conseguir...? — pergunto com a voz trêmula. Sinto uma nova onda de contração, agora mais forte me fazendo arfar. — Você consegue. — escuto Vicente dizer. Fecho os olhos tentando me concentrar em qualquer coisa que não seja a dor — missão fracassada. — Lana, você está indo muito bem. — o doutor Tanaka começa a conversar comigo — A dilatação está quase completa. Agora, precisamos começar a empurrar o bebê para fora. — Está bem. —
..... 7:00 ..... Finalmente a Luna e minha mãe, Maria Helena, atenderam as ligações do Vicente e vieram ao hospital. — Eu nem tenho sono pesado, foi muito azar justamente hoje eu não ouvir as ligações de vocês. — minha mãe diz para o Vicente, se explicando. — Vocês não perderam nada. — Vicente diz — Estamos assim já tem horas. A água quente do chuveiro escorre pelo meu corpo, estou agarrada nas barras de apoio enquanto lágrimas escorrem. — Eu sei que não é fácil, Lana. — Luna diz me afagando. — Eu não imagino ninguém que esteja sentindo esta dor neste momento além de mim... — resmungo. — Eu pensava a mesma coisa, mas passa. — Luna afirma — Você já está na reta final, logo este sofrimento irá acabar e você nem irá se lembrar mais da dor. — Acho difícil. — pressiono os lábios quando outra contração vêm — Parece que nunca vai chegar ao fim. — Que tal fazer agachamentos? — Luna sugere. — Não quero. — Mas irá ajudar... — Eu não estou aguentando de dor, Luna! — ol
..... 01:40 ..... — Eu não fiz isso... — levanto-me da cama, resmungando. Outra madrugada em claro com dificuldade para dormir devido às contrações de treinamento e para piorar, urinei na cama. "Quando isso aconteceu? Eu perceberia que queria ir ao banheiro, apesar de não conseguir segurar o xixi por muito tempo." — penso, irritada. Acendo a luz para iluminar o quarto e fito o lençol da cama molhado e minhas pernas também. Passo a mão em minha coxa e noto que não tem odor o líquido. — Que estranho... — murmuro. Curvo o corpo quando sinto uma nova contração, desta vez mais forte que o comum e no mesmo instante minha barriga fica rígida. Fico curvada por longos segundos até que sinto a dor amenizar. — Não, não, não... — caminho até a porta do meu quarto e chamo — Vicente! Vicente! Apoio o corpo do batente da porta e escuto o som de passos rápidos. Logo, o Vicente se materializa em minha frente, assustando: — Lana? O que houve? — Eu acho que a minha bolsa estou