Passei em frente ao endereço que me deram, e achei melhor dar a volta e colocar o meu carro em um estacionamento pelo qual passei um quarteirão atrás. Não era esnobe, mas prudente. Pessoas que tinham carros como o meu, apesar de não muito luxuoso, não frequentavam aquele lugar. Aliás, mesmo no estacionamento, não achava que ele estivesse muito seguro e seria possível que devesse pedir para irem me buscar.
Quando entrei na lanchonete de aparência duvidosa, não vi a Julieta à vista. Sabia que teria que consumir, e apenas perguntar causaria desconforto e até uma situação catastrófica. Sentei em uma mesa mais afastada da porta e aguardei, até que vi o rapaz atrás do balcão gritar:
— Juliete, cliente.
Juliete sai correndo de uma porta com cortina, limpando as mãos em um avental, de touca descartável na cabeça olhando feio pro homem que gritou e reclamando:
— Você não poderia atender? Estava colocando os assados no forno. — Ela pegou a caderneta e a caneta em cima do balcão e foi escrevend