Entrei na sala da casa da Juliete, a mesma em que decretei que a cabeça dela ia rolar quando estava grávida. Juliete me contou que a casa estava fechada há dois meses, quando a imobiliária exigiu que ela desocupasse para começar com as negociações.
Depois de ajudá-la a abrir as janelas e bater o pó da sala, nos sentamos no sofá e eu pedi um delivery de frios, vinho e fundie de chocolate.
— Amanhã uma moça virá dar uma boa limpada na casa, enquanto um segurança vai te acompanhar até a casa de seu irmão para recolher suas coisas. Você dirige?
— Sim.
— Tem carro?
— Foi a primeira coisa vendida, com o que consegui pagar os dois meses de manutenção da casa.
— Em dois meses, porque não voltou para a Global?
— Achei que você e o Danilo tivessem com tanto ódio de mim que me barraram, e não tive coragem de passar essa vergonha.
— Juliete, vamos parar de imaginar e agir a partir de agora. O Danilo e eu nem nos lembramos que você existe. Temos a intenção apenas de viver nossas vidas e aposto qu