A verdade é que, na última semana, a fisioterapia na água já havia me ajudado a recuperar parte dos movimentos nas pernas. Mas fora da piscina... eu ainda não conseguia fazer muito. Estava seguindo à risca o que Damon tinha me pedido: nada de esforços, nada de exageros.
Mas, como se vê, não era só meu corpo que estava reaprendendo a andar. Minha rotina também. E ficar entre Sebastian e suas broncas — vestido de terno, me empurrando com aquela seriedade toda — só deixava tudo mais confuso.
Sebastian empurrou minha cadeira até a beira da piscina e então parou. Silenciosamente, caminhou até ficar bem em frente a mim. Seus olhos estavam mais escuros do que o normal, como se escondesse algo que estivesse prestes a explodir.
Sem dizer uma palavra, ele começou a afrouxar a gravata.
Ergui os braços na altura dos ombros, franzindo as sobrancelhas em confusão. "O que você está fazendo?", perguntei em silêncio.
Mas ele apenas sorriu — aquele maldito sorriso de canto de boca que sempre me deixava