Foi numa viagem de amigos ao Canadá, duas semanas depois, que a oportunidade apareceu — ou melhor, bateu à porta como um soco no estômago. Era loucura, eu sabia. Um plano desesperado guiado pelo pânico e pela sensação de estar afundando sozinha. E quando me dei conta, já estava lá: em uma clínica clandestina, escondida em um beco úmido e escuro, com cheiro de antisséptico vencido e medo escorrendo pelas paredes.
Jessica estava ao meu lado, me segurando firme pela mão, os olhos marejados de pavor. Ela tentava me fazer desistir, me puxar de volta para realidade, implorava com a voz embargada que eu não fizesse aquilo. "Vamos embora, Anabelle. Por favor. Isso é loucura." Ela repetia como um mantra, como se as palavras dela pudessem desfazer meu desespero.
Mas eu e