Olívia
Assenti, o peso de suas palavras me ancorando à realidade. Não era amor. Era estratégia. Ainda assim, segurei seu braço, sentindo o calor de sua pele através do terno, e descemos para o restaurante.
O salão principal do hotel era um espetáculo: lustres de cristal lançavam luzes douradas sobre as mesas cobertas com toalhas brancas, o tilintar de taças e talheres misturando-se ao murmúrio dos hóspedes. Cairo havia organizado uma mesa longa no centro, decorada com velas e flores brancas, um palco perfeito para o que estava por vir. Senti um frio na barriga ao ver Christine, Luana e Catarina já sentadas, seus olhos nos seguindo como falcões. Christine estava rígida, o vestido preto destacando sua postura de rainha, enquanto Luana sussurrava algo para Catarina, que segurava o celular, os dedos digitando rapidamente. Maya, ao lado de Cairo, sorria para mim, um brilho de cumplicidade nos olhos, como se soubesse o que estava por vir.
— O jantar será servido em breve. — Cairo anunciou,