Noah
Esperei Olivia no estacionamento do hotel, o motor do meu Bentley ronronando baixo enquanto o sol de inverno pintava o céu de Chicago com tons de cinza. Ela disse que pediria demissão — ou pelo menos uns dias de folga — e me encontraria, mas cada minuto parecia uma eternidade. Tamborilei os dedos no volante, minha mente voltando ao sorriso tímido dela na suíte, à forma como seus olhos verdes brilharam quando assinamos o contrato. Algo nela me desarmava, e isso me incomodava mais do que eu queria admitir.
Finalmente, a vi surgir pela porta lateral do hotel. Nada de uniforme ou touca de camareira. Em vez disso, uma calça jeans justa, uma blusa preta de lã e um casaco surrado que não escondiam sua beleza. Seus cabelos negros caíam soltos sobre os ombros, dançando com o vento frio. Ela olhou ao redor, claramente perdida, procurando meu carro. Acendi os faróis, e um sorriso aliviado iluminou seu rosto, tão genuíno que por um instante me lembrou a moça mascarada do baile — uma lembranç