Perola Campbell
Duvido, esses músculos são apenas de enfeite.
— O que você quer? — questiono, sem me mover, minha voz tensa.
— Se você abrir essa porta, posso contar — ele responde, a impaciência evidente em seu tom.
Reviro os olhos para a arrogância dele e, relutantemente, abro a porta um pouco, o suficiente para encarar aquele rosto que agora parece uma mistura de frustração e determinação.
— Como entrou? — pergunto, tentando manter minha voz firme.
— O portão não estava trancado — aponta para o pior equipamento de segurança do mundo. É mais fácil aquele portão nos dar um tétano do que nos proteger de um ladrão — Sabia que isso é um perigo?
— E por que você se importa? — retruco, cruzando os braços.