Apolo Beaumont O CEO mais quente e cobiçado da atualidade, sua vida está do jeito que sempre quis, sem compromissos e responsabilidades conjugais. Solteiro convicto, mantém sua cama bem movimentada, para o desespero do seu pai, que sonha um dia ver seu filho casado e construindo a própria familia. Pérola Campbell Uma jovem secretária cheia de vida que passa o dia torcendo para que o tempo passe mais devagar e não tenha que voltar logo para casa, ela sonha um dia ter um final feliz e viver um amor tranquilo. Para piorar sua situação, ela começa a perceber que está apaixonada pelo homem impossível e que de alguma forma ele parece querer sua atenção. Pior, quando recebe uma proposta indecorosa de um velho louco, mas não um velho louco qualquer, o pai do seu chefe! Um romance clichê que irá abalar o seu coração! Conheça Apolo e Pérola e de como o amor é chave para a liberdade!
Ler maisApolo Beaumont
Como tudo o que a gente tenta evitar acontece, preciso ir até a casa dos meus pais para ajudar a instalar um ar condicionado em um dos quartos. Meu pai, sempre fez as vontades da minha mãe, e em vez de contratar alguém para fazer o serviço, ele fazia tudo por conta própria. E eu, um CEO bem ocupado tenho que fazer papel de eletricista.
É o cúmulo do absurdo!
Passo em casa depois de sair da empresa, troco de roupa e vou em direção a casa dos meus pais, mentalizo que minha mãe não toque no assunto casamento. Pois, ela acredita que está ficando velha e precisa de netos urgente, exige que eu arrume logo uma esposa, só que ela não entende que meu coração está fechado para o amor.
Por mais que eu ache esse sentimento bonito e admire muito o amor dos meus pais, eu não acredito que serei capaz de viver algo dessa magnitude um dia.
Na última reunião de família, minha mãe foi tão incisiva com suas cobranças que eu tive um pesadelo a noite. Ela chegou a me acusar de destruir as confraternizações familiares, como se isso fosse possível e que vai morrer sem ter um neto.
Eu estava tão incomodado e precisava de paz para esquecer esse assunto de vez, para isso, evitar a minha mãe seria bastante necessário.
Porém, isso não seria possível essa semana.
Entro na casa dos meus pais e logo vejo meu pai na sala montando as partes do ar condicionado em cima da mesinha de centro.
— Oi, meu filho, venha aqui, dê uma ajudinha a seu velho pai.
— Estou aqui para isso pai, tudo bem? — seguro o fio que ele me estende, então ele aproveita para mexer em um parafuso.
— Tudo bem, só sua mãe que parece atacada essa semana — ele sorri baixinho, quem o escutasse não entenderia que o ataque da minha mãe não tem graça alguma.
— Só espero que não sobre para mim — suspiro — O senhor não pediu para eu vim aqui para ser massacrado, certo?
— Ela é sua mãe Apolo, tem que aceitar, seja no amor ou seja até na dor.
— Pai, ela não entende que não quero ninguém, não quero amar ninguém, o amor dói — falo com convicção, depois do fim trágico do meu casamento, a última coisa que eu quero é me casar novamente.
— Meu bebê, nem foi me cumprimentar! — Dona Gabriela aparece na sala e beija a minha bochecha.
— Já fiquei aqui para trabalhar, mãe — aviso — Por que não contratou alguém para colocar esse ar condicionado?
— Porque seu pai sabe fazer e dinheiro não dá em árvore Apolo.
— Minha nossa, vocês são ricos — a lembro — E se não quer mexer na fortuna eu pago se for o caso — falo indignado, meu pai me olha balançando a cabeça em negativo e percebo que falei besteira.
— E desde quando os filhos têm que pagar algo para os pais?
— Tudo bem mãe, deixa para lá — falo cansado.
— E o Filipo, como está? Já arrumou uma boa moça?
— Mãe, já não é o suficiente querer se meter na minha vida? Vai querer se meter na do Filippo também?
— Filho, não sinta ciúmes, eu gosto do Filipo como um filho, mas você sempre será o meu bebe! - ela aperta as minhas bochechas.
— Mae! — reclamo com ela — Deixa o Filipo quieto na dele — peço.
Filipo é o meu melhor amigo, eu e ele nos conhecemos na escola, nos tornamos inseparáveis desde então, crescemos praticamente juntos. Assim como eu, o meu amigo não tem pretensão alguma em casar e ter filhos, porém, meus pais e os dele, odeiam nosso lema de vida e eu não quero que meu amigo seja pressionado pela minha mãe, já basta a mãe dele fazendo isso.
— Vamos por esse ar condicionado ou não? — chuto de leve a canela de meu pai
— Está quase pronto, meu filho. Termine de conversar com a sua mãe, está bem interessante esse assunto — fala com humor e faço uma careta.
— Até seu pai concorda, Apolo! — ela fala exasperada — Você precisa casar de novo meu filho, a cobra da sua ex esposa não é a regra, nem todas serão como ela, cada história é uma história nova e diferente.
— Por que a senhora insiste tanto? — questiono de braços cruzados — Eu já falei que não pretendo casar de novo, não quero amor, quero apenas viver a minha vida sem amarras.
— Estou com um pressentimento de mãe — fala fingindo sabedoria — Você vai ser fisgado pelo amor meu filho, não perca a chance de amar e principalmente ser amado. Você fala sobre viver sem amarras, mas você está preso as amarras que sua mente criou para impedi-lo de amar, está colocando em risco a sua própria felicidade.
— Quem disse que não estou feliz?
— Ninguém é feliz sem amor — meu pai opina.
— Quem disse que eu não tenho amor na minha vida? — questiono — Eu sinto amor por vocês, amo meu trabalho, amo o meu amigo Filipo.
— Ama o Filipo?! — os dois exclamam chocados ao mesmo tempo.
— Sim — respondo naturalmente sem entender todo esse espanto — Não tenho problema em dizer... — paro de falar quando alcanço o pensamento deles — Não! — falo firme — Pelo amor de Deus gente, eu amo como amigo, está bom? — questiono quase ofendido — Somos amigos e nada mais do que isso, eu gosto de mulher e ele também, eu não sei de onde vocês tiram essas conclusões malucas.
— Mas foi você que disse que o ama — meu pai fala rindo.
— Por que ele é o meu melhor amigo e eu não vejo problema em um amor fraternal, não tenho masculinidade frágil.
— Como você não quer casar, ele também não e agora você declarou que o ama eu pensei que talvez tivesse rolando algo — minha mãe fala dando de ombros — Não teria nenhum problema, afinal, vocês poderiam adotar, ter uma barriga de aluguel, minhas chances de ser avó não estaria totalmente perdida.
— Mãe, só não pensa em mim e no Filipo dessa forma — peço.
— Nesse caso, insisto que arrume uma moça direita ou um moço direito não faz diferença, continua sendo nosso filho.
— Mãe — gemo exausto — Eu sou hetero está bom?
— Tudo bem, já entendi. Mas você precisa de um amor carnal meu filho, precisa de uma pessoa do seu lado, casar de novo, dessa vez com a pessoa certa, ter filhos, muitos deles, ser feliz como eu e o seu pai somos, precisa conhecer esse tipo de amor.
— Tem razão — solto sem pensar e ela abre a boca sem dizer nada. Quando eu não queria discutir, só falava o que ela queria escutar.
— Só está dizendo isso para encerrar a discussão — acusa.
— Exatamente — confesso ajudando o meu pai a carregar o aparelho e seguimos em direção aos quartos no segundo andar da casa.
— Reflita sobre isso, meu filho. Por que não tenta se envolver com uma mulher em vez de apenas se divertir? É diferente quando você encontra alguém especial, as pessoas não vieram para o mundo para serem sozinhas.
— Eu sei disso mãe, por isso prefiro envolvimentos rápidos — respondo assim que chegamos no quarto de visita. A escada já está no lugar.
— Como as mulheres se sujeitam a isso?
— Da mesma forma que os homens se sujeitam. Acho que minha geração só quer seguir a vida sem obrigações conjugais.
— Tente pelo mais uma vez, filho. Uma coisa é certa, todas que passaram por você, nenhuma era a sua metade. Quando a mulher certa aparecer na sua vida, não vai existir discurso de envolvimento rápido e desapego. Você nem perceberá como ou quando, só estará comprando presentes e estendendo um tapete de rosas por onde ela passará — sorri como se estivesse prevendo — Além do mais, eu quero netos e seu pai também. Você precisa reagir Apolo!
— O que é isso? Uma profecia? Uma praga? — reclamo erguendo o ar condicionado e vendo o sorriso divertido no rosto do meu pai.
— Conheça uma pessoa diferente, dê uma chance para conhecer sua vida e sua história, antes de ir para a cama com ela. Vamos, filho, por mim!
Não sei se foi o tom ou se finalmente a insistência dela me fez ceder. A questão era que, pedido de mãe, como súplica, era pior que ordem. Aprendi a respeitar meus pais e sim, eles têm o poder sobre mim.
— A senhora venceu, mãe — falo derrotado, meu pai assumiu a tarefa de terminar de instalar o objeto e eu encaro a minha mãe — Vou tentar, satisfeita?
— Evite as feitas pelos cirurgiões plásticos, sei muito bem das siliconadas que andam com você pelas fotos nos sites de fofoca — ela parece radiante, mas está tentando esconder — Vai ter um aniversário de uma amiga minha, vamos comigo para conhecer a filha dela.
— Eu escolho, mãe. Não sou obrigado!
— Encontre uma boa garota, conheça a sua vida, suas expectativas e então, nos apresente. Se não der certo, entrego você e suas aventuras na mão de Deus — ela beija meu rosto e sai do quarto — Estou fazendo a janta, fique para comer — grita de longe.
— Ela consegue tudo o que quer, meu filho. Achei que já tinha aprendido —meu pai fala divertido descendo da escada.
— Como o senhor aguenta mesmo? — pergunto.
— É amor, filho — ele aperta o botão do controle e o ar condicionado liga — Tem momentos que a felicidade do outro é a sua — b**e no meu ombro — Vou tomar um banho para jantarmos juntos.
Quando sentamos na mesa noto o sorriso de minha mãe para meu pai diferente. Um brilho maior e mais intenso, apenas porque meu pai fez algo que ela pediu, parecia um enigma para mim, mas serviu para solidar o que precisava, pelo menos, tentar o que ela pediu.
Que mal faria?
Pelo menos ela vai me deixar em paz com esse assunto, eu não me envolvo sentimentalmente com ninguém, mas vou ficar aberto as possibilidades e ver o que o destino tem preparado para mim.
Espero que não seja um novo casamento!
Perola CampbellPara a minha completa surpresa, o jantar correu super bem e não tive crises de vergonha com o meu namorado e o seu pai doido.O sábado chegou e eu estou super nervosa. Fui ao laboratório para fazer exame de sangue e depois chamei a Jade para ir comigo ao supermercado, já que não gosto de fazer compras sozinha, na volta demos uma organizada na casa. Com o dia corrido só conseguir ir até a casa de Apolo no meio da tarde.Apesar de ser fim de semana, ele recebeu uma ligação importante e está sentado em sua poltrona compenetrado em uma conversa séria sobre a nova parceria com uma empresa. Não entendi muita coisa.Para passar o tempo, escolhi um dos seus livros me sento no divã perto da janela. Uma luz gostosa, de fim de tarde, me aquece. Desabotoo a camisa de Apolo que eu vesti, permitindo que a luz beije a minha pele. Meu vestido está esquecido em algum lugar do chão do quarto dele, o mesmo foi arrancado de mim umas duas horas atrás.Um silêncio estranho chama a minha ate
Perola CampbellComeço a suar frio e não é por causa do calor.— Sabia que eu posso ser bem silenciosa quando ando pelo corredor? Ninguém escuta os meus passos à noite — ela se inclina para sussurrar em meu ouvido, como se alguém pudesse nos escutar — Alguém deveria ensinar Apolo a ser assim.Droga! É pior do que eu pensava.— O que mais você ouviu?— Nada! Voltei para o meu quarto e coloquei os fones com abafadores antes que ficasse traumatizada pelo resto da vida — deposita um beijo estalado na minha bochecha — Então, tinha algo a ser ouvido?— Não conte para ninguém!A empurro com meu ombro, ela me empurra de volta.— Você gosta dele? — insiste.Jade já sabe mesmo, não adiante mentir.— Mais do que deveria.Ela balança a cabeça, como se compreendesse a confusão em que me meti, com um total de experiência de um namoradinho.— O que eu aprendi com os doramas que assisto é que não importa as loucuras do destino, se for amor de verdade, não existe nada que possa impedir.Soa mais profu
Perola CampbellApós o almoço, Apolo me dispensou para que eu possa ir ao ginecologista. E a médica, ao conferir que a tabelinha que fiz pelo aplicativo estava certa e como só tinha sido feita uma vez sem proteção, prescreveu o anticoncepcional, além de alguns exames de sangue, inclusive o beta-hcg, não entendi muito bem o porquê, mas ela disse que seria para checar a minha saúde.A consulta é mais rápida do que eu esperava. Com bastante tempo livre, decido comprar um sorvete para sobremesa e fazer um jantar caseiro em agradecimento por tudo que Apolo e o senhor Rafael fizeram e tem feito por mim. Apesar daquele velho maluco ter tentando me comprar.— O que você quer comer hoje? — pergunto a minha irmã assim que chegamos em casa.— Qualquer coisa — fala dando de ombros.— É sério? — reviro os olhos.— Pode ser panqueca de frango.Sigo para a cozinha e começo a pensar nos últimos acontecidos, não contei para o senhor Rafael sobre a minha virgindade.— Vou fazer um jantar para Rafael e
Perola CampbellO final de semana passou voando. Em plena segunda feira ao voltar para a empresa noto o ambiente diferente, as pessoas me olham com curiosidade conversando entre si. Eu me sinto em daqueles filmes adolescentes americanos, onde a escola inteira sabe a fofoca, menos a protagonista. Chego a pensar que tem um “Transei com o CEO” estampado na minha testa.— Ok, o que aconteceu Mi? — pergunto para a minha única companheira nessa empresa assim que chego em sua mesa.— Você não vai acreditar — ela olha para os lados primeiro, chegando se não tem alguém escutando nossa conversa.— Venha, vamos até a minha mesa.Aproveito que Apolo está na sala de reuniões e a levo para a minha mesa.— O que é tão urgente que não poderia ser dito em sua mesa? — pergunto assim que ficamos completamente sozinha. — As pessoas acham que o chefe está apaixonado — ela dá um sorrisinho de canto de boca.Apaixonado?Será?Começo a sorrir, mas cerro os lábios antes, tentando disfarçar. Desde a noite de
Apolo BeaumontAinda é um pouco cedo para afirmar que amo a Perola, afinal, não quero cometer o mesmo erro de tirar conclusões precipitadas. No entanto, sei que com minha ex não chegava nem perto do que sinto agora.Com Patrícia éramos dois jovens inconsequentes e inexperientes. Com os hormônios em combustão e decisões tomadas com uma paixão exacerbada. Nós éramos “o casal perfeito”. Vinhamos de famílias ricas, influentes, gananciosas e ficávamos bem ao lado do outro.Um casal baseado em acumular riquezas estava fadado ao fracasso. Por mais difícil que fosse admitir, ela era muito parecida comigo e não é esse tipo de relação que faria bem para nenhum de nós dois.O que eu preciso é da suavidade da Perola, do otimismo, da dedicação à família, humor e até do sarcasmo debochado. Meu pai é bem esperto, soube disse antes de mim. Não me importava com a virgindade, apesar da ideia de ser o único a tê-la ser bem apelativa, mas, talvez, tivesse notado algo muito antes que a gente percebesse. A
Apolo BeaumontJá é sábado pela manhã e posso dizer com completa e total certeza de que nunca houve uma manhã melhor do que essa. Com Perola ao meu lado, deitada toda torta, com a barriga para baixo, o joelho dobrado rente ao corpo e babando no travesseiro. É uma visão espetacular.Tenho que admitir que essa posição de espadachim traz certas vantagens, deixa a boceta mais à mostra.Será que ela está muito dolorida?Provavelmente, sim. Eu deveria ter sido mais delicado e feito apenas uma vez, mas ela se mostrou tão insaciável quanto eu. Ainda não acredito que a nossa primeira vez foi sem camisinha, havia esquecido de como era bom fazer sem sexo. Teria que insistir para que ela use um método contraceptivo para evitar uma gravidez. Esse será uma parte do plano do meu pai que não vai funcionar.Afasto a mecha do seu cabelo para revelar mais do rosto. Mal posso acreditar que tirei a virgindade dela. Mesmo depois das minhas confissões, não tinha a intenção de fazer isso na primeira oportuni
Último capítulo