Não penso, não medito, nem me dou a oportunidade de ficar calada por muito tempo. Me desfaço do aperto das mãos de Amanda. Ela me observa aterrorizada e magoada com o gesto que acaba sendo brusco e surpreendente até para mim.
—Você não pode levar Amy para ver sua mãe — afirmo de uma vez.
—Por quê... por que não? — ela se atreve a me perguntar.
Nessa nova dinâmica que tenho com Amanda, sempre tentei manter a calma, ser a adulta das duas e deixar os ressentimentos mais ou menos para trás. Mas ela estar me propondo algo como isso, me ultrapassa, ultrapassaria qualquer um.
—América abandonou vocês por anos. Fugiu deixando você e a menina desamparadas, nem foi ver nosso pai em seus últimos dias. Para que ela vai querer ver a neta agora? — soou tão ressentida.
—Os advogados dela não dão segurança de que ela possa sair viva da prisão. Quando seu julgamento acontecer, vão transferi-la para uma prisão pior, ela quer se despedir da Amy em melhores condições — ela soa desesperada.
—Para quê, Aman