—Você vai se casar com a minha mamãe, Lulu? — pergunta ela empolgada para Luciano.
As risadinhas e as provocações dele acabam com isso. O impacto é visível. Não mais sorrisos, não mais piadas, não mais nada. Isso é mais que desconfortável, é constrangedor.
—Amy... esses são assuntos de adultos... já te falei. Termina seu cereal — peço.
Em seguida, pego Luciano pelo braço para conversar em particular. Chegamos até um canto da cozinha, ele ainda está com a tigela de cereal na mão. Está concentrado em brincar com a colher em vez de falar comigo.
—Você tinha que dizer a ela que somos namorados? Dá para ser mais manipulador? — digo exausta.
—O que você queria que eu dissesse? Que você pode dormir com um desconhecido ou com um amigo? Ela não tem uns cinco anos? Temos que manter as coisas simples — ele se defende.
Nem eu consegui pensar no que responder quando ela fez essas perguntas. Então, me rendo e deixo para lá.
—Sua sobrinha sabe que fomos casados? — questiona ele.
"Sua sobrinha". Isso