No meio das minhas lágrimas ainda não consigo aceitar, me recuso a fazê-lo. Saber sobre as acusações de Luciano quebrou algo dentro de mim.
— Somos uma empresa pequena de imóveis. Uma chata e tradicional empresa de imóveis com pessoas comuns trabalhando nela. Não somos criminosos, Luciano — afirmo.
— A maioria dos funcionários assalariados, não. Dos gerentes para cima, muitos estão beirando os limites da legalidade, outros como seu pai, já ultrapassaram — explica ele.
— O senhor Dominic sabia? O que eles faziam? — pergunto devastada.
— Alguns eram capazes de ver que os números não fechavam. Agiam como cegos enquanto houvesse dinheiro. De tantos crimes existentes no mundo corporativo, é preciso cair muito baixo para chegar a um como o tráfico humano. Sabemos de uma briga que ele teve com Sergio antes do falecimento, pode ser que tenha descoberto a verdade tarde demais.
— Sabemos? No plural? Quem sabe? Para quem você trabalha?
— Especificamente não posso responder, mas se existem bons e