—Que te torturaram por uma m***a de semana. Ou as surras e os choques elétricos não foram suficientes? Você teve sorte que o encontramos em uma batida, mais uma hora e você teria ficado sem dedos na mão esquerda, imbecil.
—Que exagero, Julia, pelo amor de Deus. Só chegaram a cortar meu dedo médio — mostro a ela encolhendo os outros para ser mais ilustrativo. As marcas dos pontos ainda estão lá — Vê? Reimplantaram. Como novo.
—Filho da puta — resmunga muito irritada.
—Eu sou, literalmente — sorrio desfrutando do meu cigarro.
Não pretendo parecer ou agir como um homem são, porque evidentemente não sou. A dor é relativa, e depois de alguns dias sem comer ou dormir como parte do meu castigo por me deitar com a mulher de um mafioso de alto nível, sinceramente, ter um dedo amputado não foi tão ruim. Nem sentia minhas mãos àquela altura.
Além disso, o mais importante é que não entreguei meu papel como agente infiltrado. Isso é algo que nem Julia, nem ninguém da equipe compreende. Que os grand