Nollan Hoffmann
Não sei dizer exatamente a sensação, mas foi estranhamente bom ter meu pai sentado no banco do carona do meu carro.
Não levou mais do que 10 minutos para ele se arrumar e aparecer na sala de visitas disposto a engolir seus medicamentos rapidamente e satisfeito, logo pegamos a estrada e agora, dirigindo pela cidade enquanto sou observado, sinto até um misto de tranquilidade e diversão me tomando.
— Está ansioso para ver a Laysla?
Negando com um gesto, ele respondeu com a voz tranquila.
— Não, na verdade estou com medo de ela nos expulsar de lá a vassouradas.
Assentindo, eu confirmei.
— Isso ela faria sem duvidas.
Ele descansou sua cabeça no banco e disse.
— Eu sei que sim.
Como se tivéssemos combinado, começamos a rir em sincronia e apertando o volante, eu comentei.
— Acho que já conhecemos ela o suficiente.
Confesso que parece até natural ter a companhia do meu pai. Nossa conversa até o prédio da Laysla foi muito tranquilo e cheio de assunto, e aliviado, estacionei