GABI NARRANDO
Eu ainda tava ali, sentada no colo dele, com o corpo mole, a pele suada, o coração batendo devagar. Os braços dele me envolviam com força, como se quisessem me manter ali pra sempre. E naquele momento… eu não queria sair dali por nada.
Encostei a cabeça no ombro dele, fechando os olhos por um instante. Senti os dedos dele deslizando devagar pelas minhas costas, fazendo carinho, traçando linhas invisíveis que me arrepiavam de leve.
— Tá viva? — ele murmurou, a boca perto do meu ouvido.
Sorri, sem abrir os olhos.
— Mal… mas tô. Tu me deixou sem força nenhuma.
Ele riu baixinho, beijou meu ombro nu e me apertou mais um pouco no colo.
— Culpa tua. Que aparece aqui toda linda, cheirosa, dizendo que não conseguiu fugir.
— E não consegui mesmo — confessei, abrindo os olhos e olhando pra ele. — Meu corpo doía, minha cabeça tava uma bagunça… mas no fundo, eu só queria isso aqui.
— Isso aqui? — ele perguntou, deslizando a mão pela minha cintura.
Assenti.
— Tu. Eu. Essa confusão boa