"Uma hora manda entrar no carro, outra manda descer... Só pode estar maluco!"
Sterling apertou os lábios, inclinou-se e a pegou no colo, virando-se para Isaac:
— Você leva a Teresa.
Clarice entendeu imediatamente o que ele queria dizer. Teresa tinha reclamado do vento frio, e ele, como sempre prestativo, decidiu tirá-la do carro para que Teresa fosse levada confortavelmente por Isaac.
Deveria elogiá-lo por ser tão atencioso?
Isaac olhou de relance para o rosto pálido de Clarice, hesitou por um instante, mas não disse nada. Será que o Sr. Sterling não percebe que está machucando a Sra. Clarice com isso? Ele não conseguia evitar a sensação de que Sterling estava se afundando cada vez mais nos próprios erros.
— Sterling, você não vai comigo? — Teresa perguntou, os olhos fixos na mulher nos braços dele. A raiva e o ciúme borbulhavam dentro dela, quase a fazendo perder o controle.
Ela preferia muito mais ficar ao lado de Sterling, mesmo enfrentando o vento, do que ir embora sozinha.
Clarice