No passado, sempre que Clarice sofria alguma injustiça em casa, ela ia procurar Asher. Ele estava sempre esperando por ela na porta, e isso lhe trazia uma sensação de segurança e conforto.
Depois de tantos anos, ao ver essa cena novamente, era inevitável que as lembranças viessem à tona.
Assim que Clarice desceu do carro, Asher se aproximou e estendeu a mão para ajudá-la:
— Sua perna está bem?
— Está tudo bem. — Clarice desviou da mão dele. — Está um pouco frio aqui fora, vamos entrar para conversar.
Eles já não tinham mais a mesma relação de antes, quando podiam segurar as mãos sem preocupações. Agora, era necessário manter uma distância apropriada.
Asher ficou um pouco desapontado, mas recolheu a mão.
Clarice caminhou na frente, mantendo uma distância respeitosa.
Ao se sentarem, Clarice pediu um copo de leite e uma fatia de tiramisu. Ela não havia comido nada à noite e já estava com fome.
Asher pediu um café.
— Tomar café à noite? Depois vai conseguir dormir? — Cl