Ana foi atingida pelas palavras de Clarice e quis explodir, mas, com tantas pessoas ao redor, ela não teve coragem de criar uma cena. Mesmo assim, rebateu com uma voz fria:
— Cuidar do marido é sua obrigação. Do que você está reclamando?
Clarice observou o rosto de Ana, cheio de raiva reprimida, enquanto ela gritava. No fundo, Clarice não sabia ao certo como se sentia.
Mesmo depois de Sterling ter dado aquele aviso claro, Ana sequer tentou se conter. Às vezes, Clarice realmente questionava se ela era mesmo filha dessa mulher.
Uma mãe, depois de carregar um filho por nove meses e passar pelo perigo do parto, deveria enxergar seu filho como a coisa mais importante da vida.
Ana sempre amou Beatriz. Desde pequena, Beatriz sempre teve tudo o que queria. Já com Clarice, a relação era marcada por ódio e severidade. Clarice nunca entendeu o que havia feito para merecer esse tratamento.
Sterling, recostado preguiçosamente na cadeira, observava Clarice com seus olhos escuros e profundo