Depois daquela conversa, voltei a fazer o que sempre fiz — e o que sabia fazer de melhor: estabelecer limites. Mas dessa vez, não para ela — para mim. Eu precisava me lembrar de que, por mais que Celina tivesse o poder de me desestabilizar, eu ainda era o homem que sustentava um império com base em disciplina, ordem e controle.
Era um alívio perceber que podíamos fazer isso: deixar aquela noite para trás. Seguimos em frente com uma facilidade quase desconcertante. Celina continuava a desempenhar seu trabalho com a mesma competência de sempre — e eu… eu comecei a chegar mais cedo em casa. Depois que me dei conta de que podia comandar a empresa do meu escritório sem grandes prejuízos, passei a estar mais presente, atendendo ao pedido de Sofia. Mas, naquela semana, eu tinha exagerado. Trabalhei de home office por três dias e, nos outros dois, já estava em casa às duas da tarde.
Eu repetia para todos — e para mim mesmo — que, agora que a etapa era programar o soft