Mirella
Dias de paz… ou quase isso. Os dias seguintes foram como respirar depois de quase se afogar. Lentamente, com dificuldade. Ainda sentia o peso do luto que fingi para o mundo, mas agora, dentro de mim, havia apenas a esperança silenciosa de um recomeço e o medo latente de que a tempestade ainda não tivesse acabado.
Vincent estava de volta. Vivo. Feroz. Mais determinado do que nunca.
Eu o vi nos primeiros raios da manhã seguinte ao confronto. Os olhos dele ainda carregavam a guerra da noite anterior, mas quando me viu... ele sorriu. Um sorriso pequeno, raro, quase imperceptível — mas era real. E era meu.
— Eles acreditaram — ele disse, se aproximando da varanda onde eu observava o jardim recém-reformado da mansão. — E agora estão todos mortos .
Assenti, segurando minha barriga já redondinha . Nosso filho , sim e um menino descobri logo após o Vincent voltar do coma , ele se mexia cada vez mais. Talvez sentisse o mesmo que eu a mudança no ar. A promessa de que tudo seria diferente