Mirella
Eu ainda estava meio sonolenta do cochilo no helicóptero, mas a vibração insistente e o toque abafado no criado-mudo não me deram escolha. Peguei o aparelho, ainda sem foco. Era Julian
— Alo — murmurei, a voz rouca.
Mas ele não respondeu de imediato. Só ouvi o som da respiração dele do outro lado da linha, pesada, tensa.
— Julian onde esta Vincent? — me bateu um desespero, agora completamente desperta.
— Mirella... — a voz dele saiu engasgada. — O carro do Vincent foi atacado.O mundo parou.
— O quê?
— Um atentado. Explodiram o SUV. Ele está vivo, mas em estado gravíssimo. Estamos levando ele para o hospital agora. Já acionamos o protocolo máximo de segurança ao redor de você.
Não consegui respirar por um segundo. O chão pareceu desaparecer sob meus pés.
— Ele... ele vai sobreviver? — perguntei, tentando manter a calma, mas minha voz já estava trêmula.
— Está lutando. Mas é sério. — E então, com um tom mais firme.— Você precisa ficar onde está. Não saia de casa, não fale com n