Vivienne St James, uma jovem rica e influente do Upper East Side de Nova York, sempre viveu sob os holofotes da sociedade elitista. Sua beleza, estilo e status nas redes sociais a tornam uma figura popular e invejada. Além disso, ela pertence a uma das famílias mais prestigiadas da cidade. Após se formar com honras em Direito em Harvard, Vivienne recebe uma herança milionária de seu avô recém-falecido. No entanto, há uma condição: ela só poderá ter acesso à fortuna se casar. Inicialmente, isso não parece ser um problema, já que ela é noiva de Matthew van Allsburg, um herdeiro da alta sociedade de Nova York. A vida de Vivienne toma um rumo inesperado na noite antes do casamento, quando ela flagra seu noivo com a ex-namorada em uma situação comprometedora. Furiosa e desiludida, ela decide cancelar o casamento, deixando Mateus no altar, o que gera um grande escândalo nas redes sociais e na alta sociedade. Decidida a refletir sobre sua vida e seu futuro, Vivienne parte sozinha para a lua de mel em Mônaco. Lá, ela conhece Vittorio Gotti, um charmoso italiano que se encanta por ela instantaneamente. Sem pensar nas consequências, ela se envolve com ele e passa os dias da lua de mel ao seu lado. No entanto, quando as fotos de Vivienne com Vittorio começam a circular nas redes sociais, ela decide retornar a Nova York sem deixar rastros para evitar mais exposição midiática. De volta à sua cidade natal, ela precisa lidar com as repercussões do escândalo do casamento cancelado e da traição de Matthew, tudo isso enquanto assume seu emprego no escritório do avô. Vivienne se vê diante de um dilema: confrontar o passado e os sentimentos mal resolvidos com Matthew ou se entregar ao amor inesperado que encontrou em Mônaco com Vittorio.
Ler mais— Quero que todos recebam com aplausos a oradora da turma de Direito, Vivienne St James!
O reitor de Harvard chamou seu nome e Viv levantou-se, arrumando a meca e caminhando em seus saltos Jimmy Choo preto com um laço de fita na parte de trás.
A beca vermelha dos oradores combinava com o batom vermelho dos seus lábios. Despreocupada, ela subia ao palco e ia até o púlpito para iniciar o seu discurso.
— Senhoras e senhores, queridos professores e colegas formandos, boa tarde. — Viv começava a falar, chamando a atenção dos presentes.
Ela logo sorriu, notando seus pais, irmãs, o noivo e o seu adorado avô na primeira fila.
— Eu gostaria de começar esse discurso agradecendo a pessoa mais importante que está presente aqui hoje, o meu querido avô, Richard St James. Sem os seus ensinamentos e sua tenacidade desde que eu era uma garotinha, eu não estaria me formando hoje. — Dizia, sorrindo para o avô.
Viv continuava o seu discurso por vinte minutos, notando em meio aos alunos e professores, algumas expressões chorosas que ela reconhecia. Assim que finalizou o discurso, Viv buscou o seu chapéu de formatura.
— Turma de Harvard, conseguimos!
Ela jogou o seu chapéu para o alto, sendo seguida pelos outros alunos.
Minutos depois, após receber o seu diploma das mãos do diretor, ela foi até a família comemorar. Matthew von Allsburg, o seu noivo, lhe recebeu em um abraço carinhoso ao erguê-la do chão e lhe beijar os lábios.
— Parabéns, querida! — Ele falou, colocando-a no chão e lhe entregando um buquê de rosas-vermelhas.
— Obrigada, são lindas!
Ela cumprimentou a todos da família, parando para tirar fotos.
Durante o baile de formatura, Viv escolheu ter a primeira dança de formanda com o avô, a contra-gosto de Matthew.
Richard St James levantou-se de sua cadeira e acompanhou a neta até a pista de dança, guiando-a pouco a pouco em seu vestido azul que combinava com a cor dos seus olhos. Ele olhava todo orgulhoso para Vivienne que sorria ao acariciar a face do mesmo.
— Você deveria ter escolhido alguém mais jovem para dançar, Viv. — Richard comentava.
— Eu não escolheria ninguém além do senhor, fique ciente disso. — Ela respondia, sendo rodopiada por ele.
— Quero lhe dar algo. — Ele falou, parando a dança por alguns minutos enquanto retirava uma caixinha de joias do bolso do paletó.
Ao abri-la, Richard revelava um anel de formatura de Harvard com um rubi generoso.
— É o meu antigo anel, eu mandei reformá-lo para o seu número.
As lágrimas de Viv eram inevitáveis conforme ele colocava o anel em seu dedo. Ela o abraçou de imediato, completamente emocionada.
— Obrigada vovô. Significa muito para mim.. — Sussurrou, porém o avô não respondeu.
Richard levava a mão ao peito, gemendo de dor enquanto seu corpo ia perdendo as forças. Viv tentava segurá-lo desesperada, vendo-o perder a consciência enquanto caia ao chão com ela tentando segurá-lo. Os pais de Viv corriam em sua direção, ao que gritos de outras pessoas começavam a ecoar pelo salão.
O pai de Viv aferia os batimentos do próprio pai, abrindo sua camisa e começando a massagem cardíaca, mas já era tarde.
Richard St James havia tido um ataque fulminante e agora estava morto.
Alguns dias depois.
O velório de Richard havia sido luxuoso e repleto de pessoas importantes da sociedade de New York. A família St James estava inconsolável com a perda do seu patriarca, mas ninguém mais sentia a perda dele como Vivienne. Ela havia ficado horas ao lado do caixão até ele ser levado para o mausoléu da família St James no Green-Wood.
Toda a família estava reunida no escritório da residência St James no Upper East Side. Vivienne estava inconsolável e Matthew segurava sua mão enquanto ficava de pé ao seu lado.
Quando o tabelião entrou no escritório, o senhor St James indicou para ele a mesa do escritório vazia para que começasse a leitura do testamento de Richard.
— Bom, acredito que todos os presentes no testamento estejam aqui. — Ele disse ao olhar ao redor. — Vamos começar.
— Eu, Richard St James II por meio de minhas completas faculdades mentais deixo registrado nesse testamento, todas as minhas vontades após a minha morte. — O tabelião começava a leitura.
— Para o meu único filho, Orpheus St James, deixo as casas em Hamptons e a residência em New York, a coleção de carros e relógios, além de vinte porcento das ações das empresas e dez bilhões.
O pai de Viv assentiu com a cabeça. Ele havia feito sua própria fortuna e não possuía nenhuma menção ou ambição de assumir os negócios da família.
— Para as minhas netas, Sierra e Ophélia, deixo cento e trinta e dois milhões para cada uma, podendo assumir a herança após completarem dezoito anos.
As irmãs mais novas de Viv choraram copiosamente, sendo abraçadas pelo pai que lhes fazia um carinho nos cabelos loiros.
— Para a minha querida Vivienne, eu deixo uma carta que escrevi para ela e gostaria que fosse lida antes de finalizar a leitura.
O tabelião puxou um pequeno envelope selado com o brasão da família em cera de vela azul, entregando-o para Viv quando ela levantou para buscá-lo sem compreender direito o que estava acontecendo.
Ela abriu o envelope, retirando a carta e deixando o envelope sobre a mesa. Assim que começou a ler em silêncio, a emoção tomou conta da sua garganta ao embargar a sua voz.
Principessa,
Você desde que nasceu, sempre foi a luz da minha vida. O meu grande orgulho, a minha princesa de New York.
Que Sierra e Ophélia não se sintam enciumadas, eu amo as duas de todo meu coração, porém enquanto elas brincavam juntas, era você quem fazia companhia a este homem velho e cansado em partidas de xadrez e passeios ao Central Park.
Quando seus pais deram à luz a você, eles iluminaram a minha vida após a morte da sua avó, dando-lhe o mesmo nome que ela. E ao olhar para você, eu podia ver um pouco da minha Vivienne em seus olhos azuis e sorriso enérgico.
Você escolheu seguir os passos desse homem velho desde muito nova e trabalhar e moldá-la para assumir os negócios da família foi a minha maior dádiva, pois assim pude passar um pouco mais de tempo ao seu lado.
Por isso, quero lhe pedir que a partir do momento em que estiver lendo essa carta, que você saiba escolher cada um dos seus momentos e com quem deve passá-los. A vida é curta demais para se passar sozinho e eu tive a sorte de ter a sua avó, meu querido filho Orpheus, sua mãe, você e suas irmãs. Quero que você escolha sabiamente com quem quer passar o resto de sua vida e que aproveite cada dia dela.
Que quando chegar na minha idade, olhe para trás e veja que tudo valeu a pena.
Quando eu partir, sei que será doloroso. Mas lembre-se sempre dos momentos em que passamos juntos e que onde quer que eu esteja, estarei olhando por você e a nossa família.
Lembre-se sempre do quanto amo você.
Com amor, o Rei.
Vivienne terminou de ler a carta em lágrimas, sendo amparada por Matthew enquanto o tabelião retornava a leitura.
— Continuando.. — Ele chamou a atenção. — Para a minha Vivienne, deixo cinquenta e um porcento das empresas para que ela assuma, todas as obras de artes, joias, o resto das propriedades e minha fortuna que está avaliada em setenta bilhões de dólares.
Toda a família presente perdeu o fôlego quando o tabelião pronunciou aquelas palavras, entrando em completo choque.
— Desde que se case em um período de dois anos após a minha morte. Ou todos os bens, seus e deixados para a família serão doados.
Quando o tabelião acabou de falar, Vivienne sentiu toda a pressão e os olhares caírem sobre ela. O que o avô tinha em mente quando colocou aquela clausula?
O céu da Toscana brilhava com um manto de estrelas enquanto a festa do casamento de Vivienne e Vittorio acontecia na deslumbrante vinícola da família Gotti. A propriedade estava decorada com luzes douradas que cintilavam entre as videiras, criando um cenário mágico e acolhedor. O aroma do vinho e das flores silvestres se misturava ao ar, enquanto a música suave ecoava pelo salão ao ar livre.Vivienne e Vittorio estavam no centro de tudo, rodeados por amigos e familiares que celebravam a união com alegria genuína. Eles compartilhavam risos e brindes, os olhares sempre se encontrando em meio à multidão. Em um momento mais ín
O som suave da música preenchia o ar da Toscana, misturando-se ao farfalhar das folhas e ao suspiro do vento quente da tarde. O cenário rústico, decorado com tons de verde oliva e marsala, era um reflexo perfeito do amor de Vivienne e Vittorio: intenso, vibrante e cheio de vida.Todos os convidados estavam de pé, observando com expectativa enquanto as damas de honra atravessavam o corredor com graciosidade. Ophelia e Sierra caminhavam primeiro, vestidas em deslumbrantes vestidos verde oliva que combinavam perfeitamente com as flores que seguravam. Logo atrás, Annabelle surgiu ao lado de Marco, trajando um vestido marsala que realçava sua elegância.Os dois trocaram um olhar divertido enquanto seguiam lentamente até o altar. Marco, como sempre, parecia à vontade, mas Annabelle tinha um brilho nos olhos, emocionada por estar ali ao lado da amiga em um momento tão especial.Então, a m&uacut
O silêncio dentro do salão onde os homens aguardavam era denso, carregado de expectativa. A vinícola, decorada para a cerimônia, estava impecável. O sol poente tingia o céu com tons dourados e alaranjados, um cenário perfeito para um casamento, mas Vittorio não conseguia apreciar nada disso. Seu coração estava acelerado, o nó em sua garganta quase insuportável.Ele não se lembrava de ter ficado tão nervoso antes – nem em negociações arriscadas, nem em momentos críticos dos negócios da família. Mas agora, a ideia de ver Vivienne, de finalmente torná-la sua esposa, de vê-la andando em sua direção vestida de branco, o fazia perder qualquer vestígio de controle.Marco, que estava ao seu lado, notou sua tensão e lhe estendeu uma taça de vinho.— Beba,
O sol dourado da Toscana iluminava a vinícola dos Gotti, lançando reflexos suaves sobre os vinhedos que se estendiam até onde a vista alcançava. O aroma das uvas maduras misturava-se ao perfume das flores espalhadas por toda a propriedade. Era um dia perfeito.Vivienne nunca imaginou que seu casamento seria assim. Simples, íntimo, verdadeiro.Não havia holofotes, repórteres ou convidados por conveniência. Não era um evento para agradar ao mundo, mas para celebrar o amor. O seu e o de Vittorio.Ela estava cercada por pessoas que realmente importavam — seus amigos e família, aqueles que a apoiaram em todos os momentos. Era um casamento completamente diferente do que havia planejado meses atrás com Matthew.E, Deus, como era melhor.A vinícola havia sido decorada em um tom rústico elegante, refletindo a essência do casal. As cores principais eram Verd
A viagem para a Itália havia sido longa, mas necessária. Vivienne sentiu o alívio de respirar um ar novo, longe de todo o caos que havia engolido sua vida nos últimos meses.Todos foram no avião da empresa de Vittorio e em alguns momentos, Nicola vinha dormir em seu colo e ela, mesmo a contragosto de Vittorio e seu pai, aconchegava o menino e depositava alguns cafunés em sua cabeça até ele dormir. Ela amava ninar Nicola e cuidar dele como se ele fosse.. Não, ele era o seu filh
A luz suave da manhã se infiltrava pelas cortinas do quarto espaçoso, trazendo um calor acolhedor ao ambiente. O aroma sutil do café recém passado e das flores frescas da Toscana misturava-se no ar, mas nada era mais reconfortante para Vivienne do que o calor do corpo de Vittorio ao seu lado.Ela estava recostada nos travesseiros macios, cercada por almofadas para seu conforto, enquanto Vittorio cuidava dela como se fosse feita de cristal, acariciando sua pele e depositando beijos por todo o seu rosto.— Você está confortável, amore mio? — Ele perguntou, ajustando cuidadosamente o cobertor sobre suas pernas.Vivienne riu suavemente.— Você realmente virou um enfermeiro agora? — Questionou, acariciando os fios dele suavemente.— Eu sou apenas um marido dedicado.Ela ergueu uma sobrancelha.— Você ainda não é meu marido.
Último capítulo