Anton
Cheguei a casa de Pietra no domingo à tarde, como havíamos combinado, para terminarmos de assistir à série que começamos dias atrás. Apesar da simplicidade do programa, estar com ela, em momentos como esses, fazia tudo parecer mais fácil, mais completo. Mas logo percebi que Pietra estava inquieta, agitada, muito diferente do usual. Seus olhos desviavam para o relógio, para o telefone, para qualquer lugar que não fosse o meu.
— Está tudo bem? — perguntei, tentando manter o tom casual.
Ela me lançou um olhar rápido, um sorriso breve que não chegou aos olhos.
— Claro, tudo certo — respondeu, mas o tom hesitante me fez saber que n&atild