Aaron
O silêncio do meu escritório era ensurdecedor. O peso das palavras de Anneliese ainda ressoava em minha cabeça e eu senti como se o chão tivesse desaparecido sob meus pés. Isso não pode estar acontecendo.
Sem perder mais um segundo, agarrei minhas chaves e saí do prédio como um furacão. Os funcionários me olharam confusos, mas eu não parei. No estacionamento, entrei no carro e acelerei sem um destino certo. Eu precisava encontrá-la.
Liguei para Anneliese enquanto dirigia.
— Você tem certeza de que ela levou tudo? — Minha voz saiu cortante, desesperada.
— Sim, Aaron. Não há dúvidas. O porteiro me disse que ela foi embora! — O desespero na voz de minha irmã apenas alimentava meu próprio pânico. — Na escola de artes falaram que ela trancou a matrícula.
Eu engoli seco, apertando o volante. Como eu deixei isso acontecer? Eu estava tão preso às minhas dúvidas que não percebi que estava a afastando.
— O porteiro viu ela indo embora com tudo?— Insisti, o carro cortando as ruas da cidade