No instante seguinte, Pitter estendeu a mão e abriu a porta com firmeza. Assim que seus olhos pousaram na cena diante dele, parou. Ficou imóvel, a expressão fechada, como se tivesse congelado no tempo.
O ar pareceu gelar. Um silêncio pesado tomou conta do quarto. O olhar cortante de Pitter se voltou para Pietro, que o observava ao lado, inquieto.
— Você olhou? — a voz de Pitter saiu baixa, gélida, como uma lâmina.
Pietro engoliu em seco, recuando até encostar-se à porta. Levantou as mãos em rendição.
— Se eu não tivesse olhado, como saberia que era a Amara? — murmurou, quase falhando. — Vai dizer que vai ficar com ciúmes por causa disso também? Nem consegui ver nada direito com tantas pétalas e o tecido cobrindo! Além disso, se não fosse pela minha curiosidade, quem sabe o que teria acontecido com ela hoje à noite? Olhando bem, meus méritos superam meus erros. Fora o meu sobrinho Théo, onde você vai encontrar um assistente tão eficiente quanto eu?
A resposta de Pitter foi seca:
— Saia.