Naquela noite, Pléuzio sabia que haveria uma grande festa de negócios, com vinho caro e gente influente, e que Pitter não poderia recusar a presença.
Chegou cedo, armou cada detalhe e, como sempre, trouxe consigo presentes valiosos. Mas, para sua frustração, Pitter rejeitou todos, sem sequer piscar.
Nem mesmo o raro pergaminho de caligrafia antiga, que Pleúzio havia adquirido com tantos riscos, despertou seu interesse.
Na sua última cartada, apresentou uma jovem de beleza delicada, insinuando que poderia oferecê-la a ele. Mas os olhos de Pitter permaneceram frios, impassíveis, como se olhasse para algo sem valor.
Era impossível agradá-lo.
Pleúzio já começava a perder a paciência quando recebeu a ligação tão aguardada.
— Já conseguiram? — perguntou, a voz ansiosa.
— Sim, já está feito. Estamos a caminho.
— Ótimo! Tragam-na em dez minutos. O quarto é o 808, não se confundam!
— Pode ficar tranquilo. Vamos entregá-la no horário. Essa garota é bonita, até ficamos tentados…
— Se ousarem