A cerimônia de abertura de Se Amar nas Estrelas era o acontecimento da noite. A imprensa reagiu imediatamente. As perguntas começaram a voar, e uma delas veio como uma flecha disfarçada direcionada à Melissa:
— Melissa, Amara é sua caloura. Você tem algo a dizer sobre ela interpretar Lívia Spirith? — provocou um dos repórteres, com um tom propositalmente inflamado.
Melissa, acostumada aos holofotes, manteve a compostura. Seu sorriso era perfeito, sua voz gentil, quase doce:
— Amara tem talento de sobra para isso. Tenho certeza de que ela não vai decepcionar ninguém.
Para quem ouvia de fora, soava como um elogio generoso. Mas Amara conhecia bem aquele jogo. Aquilo era veneno servido em taça de cristal. Melissa queria vê-la cair. Queria inflar expectativas para que qualquer deslize parecesse imperdoável.
Mas Amara não era mais aquela novata ingênua. Cinco anos de trabalho silencioso a tinham preparado para esse momento. Seu pensamento foi direto: Quer me derrubar, Melissa? Vamos ver quem