Tentou escapar novamente da proposta de Pitter, mas suspirou. Um último suspirou saiu com mais tranquilidade antes de começar a dialogar.
— O quê...? Morar aqui?
O pedido a atingiu como um soco inesperado. Seus olhos buscaram nos dele algum sinal de brincadeira — mas tudo o que encontrou foi seriedade. E um toque de algo que não soube identificar: culpa, talvez... ou algo mais profundo.
— Sim.
Amara coçou a cabeça, desconfortável com a situação. Aquilo não parecia certo.
— Isso... isso não é um pouco demais? — perguntou, tentando suavizar — Posso vir quando Théo quiser me ver.
Pitter passou a mão pela testa, visivelmente cansado.
— Há muitas incertezas... especialmente à noite. Seria perigoso se acontecesse alguma emergência e você aparecesse aqui de moto, em alta velocidade, de novo. E, com a minha posição, não é fácil levar Théo até você sempre que quiser vê-lo. Eu entendo que esse pedido pode parecer inconveniente, mas estou sendo sincero. Como pai do Théo... estou pedindo de coraçã