Amara chegou como um raio.
Vestia calças de couro preto que moldavam seu corpo com elegância e firmeza. Era uma escolha prática para pilotar a moto, mas havia algo em sua presença que ia além da funcionalidade. Quando tirou o capacete, seus cabelos longos escorreram pelos ombros como uma cascata selvagem. Seus olhos brilhavam com urgência, e a expressão em seu rosto misturava fúria, medo e um instinto quase maternal.
Pietro, parado perto da escada, quase assobiou — mas se conteve. A última coisa que precisava era piorar a situação.
Dentro da sala principal da Palácio de Diamantina, o caos tinha nome: Théo.
O menino se debatia com raiva nos braços de Pitter, como se fosse uma fera ferida tentando fugir de uma armadilha. Os braços pequenos golpeavam no ar, os gritos ecoavam pelos cômodos, e os olhos marejados imploravam por socorro.
Até que ele a viu.
Amara entrou com passos decididos, o capacete ainda na mão, e sem hesitar, tomou o menino dos braços do pai.
— Pitter, você não pode fazer