Helena Narrando…
Eu achava que sabia o que era ter uma vida… normal.
Acordar, trabalhar, pegar ônibus, voltar pra casa, cuidar da minha mãe, tentar pagar contas, e torcer pra que nada fugisse do controle. Era isso. A minha rotina. A minha realidade.
Até o dia em que dentro da V-Tech, com o uniforme de faxineira no corpo e café nas mãos, esbarrei — literalmente — na pessoa mais improvável que o universo poderia colocar no meu caminho: Lorenzo Vasconcellos.
Desde então… tudo tem sido uma sequência de coisas impossíveis, improváveis, intensas demais pro meu coração acompanhar.
Mas nada — absolutamente nada — chegou perto do que senti hoje.
Assim que Lorenzo me buscou na cobertura, meu estômago já estava estranho. Não de medo, nem de dúvida. Era nervosismo, mas daquele tipo bom, elétrico, que não dói.
Ver ele entrar na sala, arrumado daquele jeito, terno preto impecável, gravata que parecia ter sido alinhada com régua, cabelo perfeitamente penteado… por Deus. Eu perdi o ar