Infelizmente para uns, felizmente para outros, o capo não estava no condomínio, assim que chegou da Itália, Endi decidiu que não podia se esconder de quem era e muito menos permitir que o tempo passasse sem que ele vivesse aquilo que lutou tanto para conquistar.
Entrou em casa apressado, a sala vazia o fez sentir o ar faltar, aquela sensação aprecia nunca ter fim, o medo de que um dia Mel escolheria ir embora, de que algo subitamente mudasse tudo e o atirasse de novo no vazio que vivia antes dela.
Miran foi a primeira a aparecer, agarrou a perna do pai e esticou os braços pedindo colo. Endi morreria sem aquilo.
Ergueu a filha enquanto a menininha gargalhava com os bracinhos abertos. Edgar também apareceu, mas se sentou na poltrona e esperou a sua vez.
Quando Endi terminou de brincar com a filha ele se sentou no tapete em frente a Edgar e tirou uma nova arma de choque.
— Essa é menor, vai ficar mais fácil para carregar. Senti a sua falta, cuidou de tudo?
— Mamãe está no estúdio, Miram