E foi assim que passaram a noite, Amara se juntou ao grupo, mas acabou ficando fora da barraca a noite toda. Havia alguém que ela gostou particularmente de conversar.
Ficaram próximos à fogueira, o calor do fogo fazia com que Amara se sentisse aconchegada.
Ela estava sentada no chão abraçada aos próprios joelhos, olhava para o rapaz ao seu lado com os olhos brilhantes, mas ele parecia deslocado, ajeitava os óculos de tempos em tempos, olhava para todos os lugares, menos para ela.
— Então, você realmente acredita que existem múltiplos universos? Neste caso nós estamos em vários lugares fazendo coisas diferentes nesse mesmo minuto?
Amara retomou o assunto que sabia que o rapaz gostava. Mesmo que não entendesse e muito menos concordasse, queria falar com ele.
O rapaz que até então estava fazendo desenhos na terra com um graveto, levantou os olhos de leve antes de responder.
— Bem, a teoria dos multiversos não é exatamente uma crença, mas uma possibilidade matemática derivada de algumas